Ainda a propósito do medo que perdi, recuperei este post escrito no blog Dieta das Princesas.
Cresci a sentir-me menos menina do que as outras raparigas. Não era gorda mas sentia-me pesada. As minhas amigas faziam ballet e ginástica rítmica, eu nadava e corria.
As minhas amigas jogavam volei com saltinhos bonitos e passes suaves. Eu era pouco menina. Foi fácil ganhar peso porque aquilo que sentia face ao meu corpo era coerente com os quilos na balança. É ainda mais fácil desleixarmos-nos quando nunca nos sentimos princesas (é verdade, o nome do meu blog, esse que ficou colado a mim, é uma enorme ironia)
Perder 15 quilos levou-me para fora da minha zona de conforto e obrigou-me a pensar em muitas coisas que fui adiando. Perder o meu refúgio e o descanso forçado de quem tem a barriga cheia obrigou-me a abrir as caixas das recordações, algumas bastante dolorosas. Mudar de vida incluiu fazer exercício físico. Correr foi um desafio mas é, e continuará a ser, o verbo em que me sinto bem. Já com bastantes quilos a menos e muitas das minhas inseguranças assumidas entrei num ginásio.
E percebi que o melhor de tudo não foi perder peso, foi perder o medo e a vergonha.
* Desenvolvida em 1999 pelo ginasta Christopher Harrison que depois de várias lesões e mesmo sendo praticante de yoga, continuava a ressentir-se, o AntiGravity utiliza um tecido de seda enquanto reproduz várias posturas e posições de várias disciplinas como o Yoga, Pilates, Fitness, mas em modo suspenso, fazendo com que o tecido sustente todo o peso e, dessa forma, alivie as articulações que habitualmente sentem uma maior pressão. É um misto de yoga, pilates e artes circenses. Treino, alongamento e diversão.