Observo um casal. Terão perto dos 70 anos e arriscaria dizer que estão casados desde sempre. Faço exactamente aquilo que crítico: concluo sem perguntar, baseado apenas naquilo que o computador (cérebro) assume como provável baseado nas suas programações (construídas através daquilo que observamos e vivemos).
Fui-me embora assumindo que “aquele casamento já teve dias melhores”. Podia ter perguntado: “como estão?” E talvez fosse apenas uma manhã difícil depois de uma noite mal dormida (reparem que até nisto o meu cérebro/computador acha que o único motivo de sofrimento é o sono).
Reforço: não o façam no vosso relacionamento. Antes de deixarem o vosso cérebro-computador concluir seja o que for, utilizem uma das ferramentas mais simples e poderosas: perguntem.
Criamos suposições porque é isso que nos mantém na zona de conforto daquilo que conhecemos e é previsível. É mais fácil assumir algo do que gastar tempo e energia para nos confrontarmos com a realidade (e a verdade do outro).
Catarina Beato
Não fazer perguntas e trocá-las por suposições, tem dois problemas imediatos associados. Primeiro, se algumas suposições poderão estar certas, muitas estarão erradas. E a base de comunicação e reação será totalmente errada.
Não façam como eu fiz com o casal de 70 anos, em que concluí sem perguntar.
Quero deixar-vos este desafio.
Não assumam nada, perguntem! E não tenham a ilusão que o outro pode adivinhar aquilo que pensam: falem.
Falem sem medo daquilo que vão dizer ou ouvir.
Esta é a única forma de tornar a comunicação eficaz e chegar a um lugar de respeito pelas duas partes.
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