Odeio a forma como as pessoas exigem e cobram com base na palavra “compromisso”.
De facto “comprometer-se” significa “obrigar-se”.
Eu não gosto de obrigações.
Gosto de fazer o que me dá prazer.
Gosto de viver.
As relações degradam-se porque vivem de compromissos e não de vontades.
[eu tinha uma vontade]
…agora sim, vim à sua procura, mas antes não. O que se passou foi o seguinte:
Estava eu mais quase todos os meus recentes amigos da blhogósfera reunidos (mais de metade, enfim, são três…) e nisto, porque o assunto (vá-se lá ver, pois!) era a própria da blhogolândia, começam-me todos a falar num reino fantástico, um Eldorado, um Shangrilá um Ramunsky governado pela rainha das princesas. Tecendo-lhe elogios incomparáveis. A ver vamos:
Eram três raparigas a falar de um blhógue onde uma princesa deixava o relato dos seus dias, e diziam maravilhas… num havia cá invejas ou o que quer que fosse (Convenhamos que isto é raro.) a deturpar ou a manchar o quadro com que me descreviam o seu Reino (e tornemos a acordar na singularidade desta simpatia desinteressada.). Estimo as três raparigas que me falaram nos domínios por si geridos, sendo que uma delas é nem mais nem menos do que a própria da minha Musa. Ora a Musa é assim como uma espécie de Centro de um Mundinho (o meu e o de uma série de gente) e, portantos, a sua opinião corroborada pela de outros ilustres é de ter em altíssima consideração.
Acabámos por mudar de assunto, até porque todos sentimos que temos uns umbigos lindos, lindos, lindos e portanto mais com que nos entretermos, e seguiu-se o concerto do J.P.. Depois fomos todos à láife.
No dia seguinte, sento-me à frente do ecrã e toca de ir em demanda do tal reino extraordinário (i.e. fora do vulgar, incomum), o tal que detinha a propriedade de gerar centena e meia de comentários com três singelas linhas apenas. Podre de curiosidade, abanquei no quintal da Musa e comecei a correr todos os linques por ali abaixo. Foi uma viagem enorme com diversas peripécias e acontecimentos pelo caminho (horas). Mas cheguei ao fim e nem vê-lo. Por acaso, e já a meio da busca, comecei a emitir mensagens em nada subtis, tipo “Procura-se…” pois se então, toda a gente lá vai… «só eu é que num encontro? Devia ser mais fácil», pensei.
Mas o que é que eu estava à procura? De si? Num me parece… desculpe lá… com todo o respeito… e etecétera e tal… mas num!
Ora ponha-se lá na minha prespectiva(zinha): há uma fulano incrível, que escreve que é um espanto, dá pelo nome de príncipe e para a qual se enviam centenas de cartas por semana. Acha que se punha à procura dele? Bem, sim, claro! Mas, construído o mito, esperava resposta? Tipo: – olá Robbie Williams (ou lá o que for da sua preferência) gostava bué “da” bué de te conhecer. Quisses e essas cenas XXX. Não! Eu fui ali para ver as vistas, para ler bons textos e para que jogassem com as minhas emoções, comovendo-me. (uma gargalhada é uma comoção, tal como uma lágrima, sim? Ou, somente, um ataque de ternura ou de empatia). Quis saber de si e de onde morava para ver as vistas, sim!? Tal como tenho feito um pouco por todo o lado desde que aqui cheguei à dois meses e qualquer coisa mais ou menos uns pózinhos. Aqui, blhogolândia, entenda-se. Num quero morrer estúpido, e, sabe-se lá o dia de amanhã, tenho urgência do tempo perdido. Daí a minha ansiedade. Portanto: encontrei mais do que estava à espera. E agora linquei-a, já num me foge, ai min, fogem, os seus textos, os dias de uma princesa, quanto à princesa… Pois, muito prazer, é um encanto! Espero tornar a ser digno da sua atenção, e é quanto baste!
[que foi mais do que satisfeita]