Quando conheci o Pedro, entre a paixão e reconhecer que podíamos ser uma boa equipa, percebi que isso exigiria ser vulnerável. Já sabia que quando nasce um filho nascem novas relações.
Eu tinha que conseguir falar sobre as coisas que me magoavam, sobre as minhas cicatrizes, os meus gatilhos, até aqueles pormenores que me pareciam tão tontos que me envergonhavam.
Em muitos momentos de outros relacionamentos, quando apontavam alguma falha aos meus filhos, eu sentia uma dor gigante, uma raiva enorme, qualquer coisa tipo “como é que alguém pode dizer seja o que for de seres tão perfeitos”, ou numa camada inferior dos pensamentos “com que direito me críticas como mãe”.
Quando isto acontecia eu guardava aquilo que sentia num lugar de silêncio e zanga e, na realidade, a relação acabava aí.
Catarina Beato
Quando me apaixonei pelo Pedro e, aos 37 anos sabia que não arranjava nenhum homem tão bonito, ou quando já sabia que isto do amor depende da dinâmica entre as pessoas e não de serem pessoas certas ou erradas, sabia que lhe tinha de falar sobre a mamã-ursa antes que voltasse a atacar.
Claro que tinha medo que parecesse ridículo ou exagerado. “Pedro, não suporto que digam seja o que for sobre os meus filhos. Mesmo consciente de todos os defeitos para mim são perfeitos. Preciso que, se algo te incomodar, me digas com muita calma.”
Vá, mesmo com calma, a Catarina mãe ursa (nome atribuído pelo próprio Pedro) apareceu muitas vezes mas o @degois sabia que ela existia, estava preparado, tinha ferramentas para não personalizar, e anos mais tarde descobriu que faço isto com os filhos todos, não era coisa de mãe solteira. Aí dele que diga seja o que for sobre a Maria Luiza ou sobre a Mariana!
Quando guardamos as coisas que nos magoam no silêncio temos dois problemas: aquela dor que mata a relação e não darmos oportunidade ao outro para fazer diferente.
Porque ninguém adivinha e amor não basta.
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