Eu e o meu peso. Autobiografia.

Apesar de não querer transformar este blog de autobiografia num blog de dietas (com todo o respeito que tenho por essa parte significativa da blogoesfera). Mas tenho que expressar a minha irritação por o ponteiro da balança ter voltado a subir…

Eu explico (autobiografia focada no peso):

Sempre fui uma criança magrinha. Por volta dos meus oito anos comecei (precocemente) a desenvolver as minhas formas femininas. Era mais alta do que as minhas amigas e tinha maminhas (uma fenómeno digno de idas à casa de banho conjunta para proporcionar momentos de inveja e admiração por parte das minhas amiguinhas). Na escola preparatória já tinha ancas parideiras e mamas. Já era uma gaja enquanto as outras meninas continuavam dignas de tal denominação. Continuava a ser magra mesmo que os meus diários da época denunciarem outro tipo de sentimento. Não vivia pacificamente com o meu corpo mas também não era essa a minha arma. Sempre tive outros encantos (conscientes) e eram eles o meu escudo de defesa e a minha espada de ataque. Nessa altura o meu peso mantinha-se estável entre 55kg a 57kg e a religiosa natação ajudava.

No ínicio do namoro mais longo da minha história amorosa (7 anos é muito tempo), como forma de me proteger dos ciúmes quase-doentios deixei-me engordar. Mas foi quando cheguei aos 67kg, que levei uma descompustura tão grande da minha ginecologista, que decidi emagracer. Mas com a indicação expressa de que não podia descer dos 60kg sob pena de perder o período (eu tenho uma hiper-sensibilidade hormonal, qualquer coisa como venham-a-mim-as-criancinhas). Por isso emagreci, entrei para a faculdade e foi quando fiz as pazes com o meu corpo. Ainda me lembro do momento exacto em que isso aconteceu e agradeço-o a quem o proporcionou (apesar de ele não ter consciência que o fez – conto com detalhes quando arranjar uma bolinha para pôr no canto do post).

É importa dizer que a minha relação com a comida é de paixão! Eu adoro comer! Mesmo. Por isso estará sempre afastada a hipótese de deixar de comer todas as coisas boas de que gosto. E nada me tira a fome ou quase nada. Aos 24 anos o meu pai faleceu. E fiquei sem fome. Durante uma semana comi o que me obrigava para ter força para aguentar a minha mãe e assim como todas as responsabilidades que passei a ter como minhas. Passado uma semana acordei cheia de fome e voltei a comer normalmente.

O nosso corpo é uma máquina inteligente e depois do filho que fiz nessa noite obrigou-me a alimentar-me. Eu não sabia. Na minha gravidez amei o meu corpo. E odiava a roupa (de grávida!!!). Por mim andaria nua pela rua orgulhosa da minha barriga linda e das minhas mamas (temporariamente) gigantes. No manhã do dia em que pari fingi que o ponteiro da balança não tinha chegado aos 80kgs (mas chegou). Quando voltei a casa com o conteúdo da barriga já nos braços já pesava 68kgs. Com a amamentação conheci o maravilhoso mundo do come-o-que-quiseres-que-não-engordas. E fiquei com 68/67kgs.

Até que há dois meses atrás as circunstâncias da vida me tiraram a fome. Perdi 6kgs em duas semanas. Foi um nó no estômago mais eficiente que qualquer banda gástrica. Felizmente a angústia passou rapidamente e voltei à minha gludice normal. Só que agora fiquei tão entusiasmada com esta minha aproximação ao peso de adolescente que queria perder mais uns quilos e manter.

E assim regresso à ideia inicial deste desabafo em formato de autobiografia de peso: e expressar a minha irritação por o ponteiro da balança ter voltado a subir… Quero voltar a ter 59kgs!

E como dizem os blogs de dietas: Amigas, ajudem-me!

6 comentários em “Eu e o meu peso. Autobiografia.”

  1. Mas sabes.. eu tambem me deprimo um bocado especialmente na altura do Verao. E no maximo, aguento dietas de uma semana. Tenho o minimo de cuidado com o que como nao exagerando nas gorduras, mas porra, dizer que nao a um rissol manda-me abaixo, portanto…
    NAO DIGO!
    Já estou como o meu irmao, uma gaja que é gaja vai a um restaurante e como bem, bebe um tinto e no fim diz que gostou. A maioria dos homens nao tem paciencia para jóias que nao podem comer nada, só legumes!

  2. Bem… uma boa ideia a autobiografia… eu tb um peso yo-yo… ora sobe ora desce depois de ver o peso a subir nos ultimos 6 meses para o limite do considerado saudavel decidi: chega, alem do mais so estava a comer porcarias… sendo assim durante a semana como saudavel, muita salada, fruta, e sopa e ao fim de semana como o que me apetece… tenho feito isto duarnte 3 semanas (ja perdi 2.5kg) e nao vou continuar para perder peso mas sim para me manter saudavel… mas digo-te que tenho saudades da altura da minha vida que a comer as porcarias o meu peso desceu… mas agora a minha luta é mais por um estilo de vida saudavel… se perder peso óptimo! Jokas grandes e nao ligues muito a balanca

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