Mais um texto da Sofia, facilitadora de sagrado feminino…
Viver em verdade e acolher a vulnerabilidade coloca-nos de facto neste lugar de poder que é o empoderamento pessoal. Naturalmente ao acolhermos a nossa verdade e reconhecendo o nosso poder pessoal, começamos a sentir que falta algo na nossa vida. E é aqui que eu acredito que o universo faz o seu papel, trazendo para a nossa vida alguém ou algo que precisamos para continuar esta jornada de viver em verdade.
O sagrado feminino é uma ferramenta que nos ajuda a relembrar a nossa ancestralidade, que nos relembra que nós mulheres somos cíclicas e que ressoamos com os ciclos da lua e da natureza e que temos dentro de nós esta ferramenta fantástica chamada menstruação, pois quer ainda menstruemos quer já não menstruemos, estes processos estão sempre dentro do nosso corpo, assim nos disponhamos a aceder a eles.
O sagrado feminino traz-nos consciência ecológica e começamos a sentir que fazemos parte da natureza e a que a natureza faz parte de nós, de uma forma muito mais consciente, fazendo desta uma medicina simples e acessível para recarregarmos baterias.
O sagrado feminino fala-nos muito deste viver em verdade pessoal, e o facto de acolhermos os nossos ciclos internos e nos conectarmos com os ciclos lunares e da natureza, o irmos caminhar em consciência para a natureza, dá-nos uma oportunidade fantástica de nos auto-conhecermos e acedermos às nossas feridas profundas, que temos para curar, não só nossas mas da nossa linhagem e até da humanidade, que foram chegando até nós.
Quando uma mulher se cura, inicia-se a cura dos que vivem à sua volta. Agora imaginemos o impacto de tudo isto a um nível global.
Uma mulher consciente de si e do que a rodeia torna-se ainda mais empoderada e tem a capacidade de transmitir e de relembrar este conhecimento às mulheres que a rodeiam, fazendo também este papel na humanidade.
O sagrado feminino na realidade não ensina nada de novo, o sagrado feminino relembra, o sagrado feminino liga-nos a uma fonte primordial de sabedoria, a um tempo onde as mulheres eram cultuadas como deusas e faziam o seu auto-trabalho espiritual e o traziam para a comunidade.
Hoje em dia estamos muito desligadas de tudo isto e perdendo esta ligação, esta conexão com o sagrado, com estes ensinamentos ancestrais que a mulher moderna precisa urgentemente incorporar, as coisas parecem não fluir, não aceitamos os obstáculos da vida, estamos sempre descontentes e insatisfeitas, com a sensação que falta algo, vemos defeitos em tudo, em todos e em nós mesmas, somos as nossas maiores auto-críticas.
Mas nós não somos loucas, somos cíclicas e é urgente tomar essa consciência e viver ciclicamente, para expressarmos a nossa verdade a cada fase de cada ciclo e sentirmos este empoderamento feminino no seu máximo esplendor.
Sofia Costa
Consultora de feng shui simbólico, Guardiã de círculos femininos e mistos, Facilitadora de sagrado feminino e Facilitadora de medicina da voz do útero.