Este blog é o meu diário. Por vezes com palavras contidas porque um diário público é diferente de um caderno fechado a cadeado. Ainda assim estão aqui as minhas gargalhadas, as minhas lágrimas, as minhas memórias. Quem chegar aqui agora vê uma mulher de 40 anos, casada, com três filhos. Mas cheguei aqui miúda, solteira com um filho único tão pequenino (que hoje é um adolescente lindo).
Assim, em forma de confissão íntima, conto-vos que esta manhã quando, depois de dar um beijo ao meu filho grande, voltei ensonada para a cama e fiquei a olhar para o Pedro. Nunca imaginei gostar de alguém assim.
Sempre que as coisas não resultavam invejava as pessoas que conseguiam sentir intimidade, família. Invejava as frases foleiras dos casais que diziam: casei com o meu melhor amigo. E aquela ideia de envelhecer junto. Como é que eu podia envelhecer com alguém se nem à casa de banho conseguia ir quando a pessoa estava presente? Podem ler aqui o meu desabafo ainda mais que solteira.
Esta manhã quando voltei para a cama e procurei a mão do Pedro pensei que isto da intimidade é o melhor do mundo. Isto de adormecer em paz. Isto de não ter vergonha de dar um pum (sim, também existe um post sobre puns neste blog). Em vez de puns podem ler dores de barriga, dias de neura, febre, terçolhos, gripes e outras imperfeições variadas. Isto de poder ser exactamente como sou, sem medo. Isto de sentir o cheiro de um homem a dormir e apaixonar-me outra vez.
Este blog é o meu diário. E da mesma forma que guarda as angústias e o meu lado descrente. E mesmo continuando a acreditar profundamente que a felicidade não depende uma relação amorosa (tenho igualmente dias péssimos apesar de ser casada e apaixonada). Quero registar que, esta manhã, senti essa certeza que a intimidade é um lugar delicioso.
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Catarina, uma amiga com mais quase 40 anos do que eu, e casada há outro tanto, um dia disse-me: “o segredo de um casamento longo e firme reside na manutenção de uma certa dose de cerimónia”…
O segredo de um casamento longo e firme reside em ter ele, mas sempre ele, a última palavra, sobretudo numa discussão mais acalorada. Que seja sempre dele a última palavra. Aliás, duas
Desculpa Querida.
🙂
Agora e num registo mais sério, penso que o segredo de um casamento para sempre e feliz, reside em apenas uma coisa.
Os homens saberem que há certas coisas que nunca se perguntam a uma mulher,
Saberem que toda a mulher por mais fiel, dedicada e apaixonada que seja, têm os seus segredos. Mesmo aqueles que não a envergonham a ela nem ao marido.
Uma mulher sem segredos é uma Lua de luto, uma estrada sem rumo, uma flor sem perfume. O Belo sem essência-
E saber ouvir.
Se a amas escuta-a, entende-a!