Sim, este post é sobre cocó. Umas das principais e mais graves limitações que tenho face às relações amorosas chama-se cocó. A explicação é simples: sou incapaz de ir à casa de banho quando a pessoa com quem vou para a cama está no mesmo espaço.
Como compreenderão, isto é suportável durante um número muito reduzido de dias, o que explica em termos de duração a minha história amorosa. Depois de dois ou três dias de paixão, o meu mal estar físico é muito maior do que qualquer desejo.
Anos e anos de psicanálise permitiram-me perceber que esta é uma forma de deixar as relações num patamar irrealista de perfeição mas, pior, é uma forma (estranha, diria) de deixar as pessoas longe da minha intimidade. Não me agrada que a minha intimidade seja resumida a cocó mas é a realidade. Poderia falar sobre a minha incapacidade de estar toda nua, olhar nos olhos de alguém sem óculos ou dar beijos quando acordo mas a pior de todas as minhas limitações é mesmo o cocó.
Por tudo isto será menos estranho se vos disser que, aos 35 anos e mantendo-me solteira, a maior confissão de amor que posso fazer é: “gosto dele a sério, tanto que me sinto capaz de fazer cocó com ele em casa”. A minha mãe, profunda conhecedora da minha pessoa há 35 anos, ao ouvir estas palavras percebeu a gravidade dos meus sentimentos.
Ainda assim não me sinto capaz de confessar estes sentimentos profundos em palavras à pessoa amada. Lá porque imagino a possibilidade de partilhar a minha intimidade, não quer dizer que tenha que falar sobre ela.
Tu és mesmo G-E-N-I-A-L!!!!
Eu percebo perfeitamente isso.
Quando amigos meus falavam, com a maior das naturalidades, que iam à casa-de-banho juntos, que enquanto um escovava os dentes o outro fazia cocó, eu achava isso surreal.
No entanto… encontrei o amor da minha vida… e o amor da minha vida acha super normal partilhar essas intimidades. Riu-se na minha cara quando percebeu que eu não o queria dentro da casa-de-banho comigo na hora de me sentar na sanita.
Hoje, está completamente ultrapassada essa vergonha.
Creio que a cura, foi mesmo o amor 🙂
Bem, eu estou casada há … muito tempo, usando já dois digitos, e a minha sorte nesse campo, foi, talvez, encontrar para companheiro alguém que pensa exactamente como eu! Esse momento "de trono" é íntimo, pessoal e não partilhável. É amor!
Beijo grande e doce
Mas quando a pessoa está na casa de banho ou mesmo quando está em qualquer outra parte da casa? É que, na casa de banho, acho que também não me sentiria confortável.
Não sei qual é o stress. Encaro isso como beber água.. Tão natural como a sede. São coisas que qualquer ser humano tem de fazer e desculpem-me mas o "ser humano" é que tornou essa acção em qualquer coisa de "fantástica" e estranha ao mesmo tempo.
Quando há amor há confiança e não há segredos, sempre ouvi dizer. E qual o mal de fazer cocó enquanto outro lava os dentes e ainda rirem juntos sobre o barulho que se produziu no momento?
Eu desato a rir com estas situações.. e por norma até se tem conversas bastantes profundas nestes momentos.. Porque são momentos em que temos tempo para ouvir!!
Mas cada um com as suas manias! Não criticando cada um sabe de si e eu de mim!
E o meu filho que adora sentar-se a olhar para mim enquanto eu largo o meu cocó?!! Hum??!! Que me dizem?
Esse momento é para se estar sozinho. Mas consigo fazê-lo com ele em casa. Na casa de banho comigo é que não. 🙂 E puns? LOLOLOLOL Vai-se a magia toda.
Há quem diga que a verdadeira intimidade com alguém só se tem quando se chega a esse nível :p
atelofobias.blogspot.pt
haahahahah ora ai esta o grande indicador de intimidade de uma relacao!
ca em casa nao temos problemas um com o outro a esse respeito. acordar com os cabelos no ar, flatulencia e cocos. Mas qdo chega a altura quero ter a casa de banho so pra mim. se ele tiver vontade ao mesmo tempo q eu vai pra das visitas.
ptto tenho a dizer: isso realmente e amor!
Não estou sozinha no mundo!! 🙂
LOLLL realmente partilhar o WC com a nossa cara metade não é a coisa mais romântica do mundo. Lavar os dentes em conjunto já chega. Já aconteceu um xixi super urgente obrigar a "partilhanços". Mas não passa disso. Acho que há limites 🙂 É bom termos o nosso espaço quando estamos numa de cócós, embora isso acabe um bocado assim que temos filhos pequenos (quem tem filhos sabe do que falo) lol
Achava isso uma coisa tão natural até ao dia em que o meu ex marido, já ex na altura, a tentar uma possível reconciliação, me diz numa sms que nunca irá ter a mesma intimidade com ninguém ao ponto de ver limpar o dito. Não foi nada bonito… desde essa sms proneti que nunca mais faria isso, e assim é. :p
Afinal sempre há alguém igual a mim 🙂 ohhh pah senti-me tão bem a ler esta "receita" a sério, obrigado! O marujo compreende e como tal há três portas e dois corredores que nos separam e na esmagadora maioria das vezes espero por estar mesmo sozinha em casa… em 6 anos tem funcionado. bj
Eu estou junta há mais de 5 anos e não faço xixi, muito menos cocó, na frente do meu namorado. Nem acho que isso faça sentido nenhum, afinal cagar não é coisa para mostrar aos outros… e não tem nada a ver com confiança, eu estou junta há anos e amamo-nos produndamente mas não, não cago na frente dele!
Quanto muito, estou na cama e digo "olha, vou cagar" (sou muito malcriada, falo assim) e ele "parabéns" e lá vou eu. E vice-versa. Agora com ele no wc?! Eh pá… 🙂
Faz assim: vai ao WC e liga o secador. Trancas a porta. E pronto!
Eu acho que não tem mal nenhum em partilhar essas coisas. São coisas que todo os er humano faz, é natural, nós é que com a nossa mania das etiquetas e tabus complicamos tudo.
E quando forem ter filhos e se cagarem e mijarem todas na mesa de partos que vão fazer, vão pedir para todos saírem??? não me parece…
Pingback: Este blog é o meu diário (hoje faço uma confissão).