A Joana e a Francisca lançaram um projeto muito giro, o Fox & June, que acho que deviam mesmo ir espreitar. Fala-se muito de decoração, alimentação, maternidade, de viagens e desta coisa que estou há muito tempo a tentar fazer que é viver a vida mais devagar. Este post é delas e é sobre um tema que me é bastante sensível: micróbios (ou germes!). Partilho convosco uma parte, na esperança de transmitir conhecimento e de me fazer aceitar que a sujidade pode ser uma coisa boa.
Porque é que os miúdos precisam de micróbios?
“Deixe-os comer terra. Este foi o livro que mais me marcou durante a gravidez. Comecei a lê-lo pouco depois de descobrir que estava grávida e foi o melhor que podia ter feito.
Relativamente às questões de educação dos nossos filhos estamos sempre a tropeçar e a mudar de caminho, a tentativa e erro é uma constante, mas um bocadinho de ajuda para nos levar a compreender certos pontos do desenvolvimento deles é sempre bem vinda.
O livro é escrito por dois professores universitários, um microbiologista e uma imunologista. Ambos dedicados a este tema há muitos anos e pioneiros em diversos estudos científicos acerca do microbioma humano.
Os autores começam por explicar os micróbios, de uma forma simples e sucinta, exploram depois o que acontece ao corpo de uma mulher grávida em termos de flora microbiana e de como isso afecta o seu filho durante a vida. Depois discutem o processo do parto, a amamentação, os alimentos sólidos e os primeiros anos de vida.
Respondem a questões muito pertinentes devemos arranjar um animal de estimação? ou o que faço se a chucha cair no chão? e, mais importante que tudo o resto, a utilização de antibióticos.
Confesso que a questão dos antibióticos sempre me trouxe algumas dúvidas. Não deixo de reconhecer a sua importância e o quanto são necessários, mas hoje em dia existe alguma leveza em prescrever um antibiótico. Ao mínimo sintoma é a primeira opção que surge. E muitas vezes, senão demasiadas, é uma toma completamente desnecessária. Porque os antibióticos são óptimos para matar as bactérias más, mas levam de arrasto as bactérias boas. E as bactérias boas, muito faladas neste livro, são a base da nossa flora intestinal, da nossa imunidade, da nossa saúde. Devemos cuidar delas, evoluir com elas, dar-lhes a merecida importância.”