Isso. Isto é sobre gostar de um filho. Ou achar que não vamos gostar. Tanto, pelo menos. Venham de lá esses olhares esbugalhados de espanto, e uns quantos gritos ofendidos, outros tantos em surdina “não acredito” e mais alguns “que horror”. Pois quando soube que ia ter outro filho, e ainda para mais uma filha, achei que não ia gostar assim tanto dela. Pronto, sabia que ia amá-la, mas talvez diferente (para menos intenso) perante aquilo que sentia pelos meus rapazes.
“Disparate!” Sim, isso sim. Já percebi que era apenas um disparate. Pior, já me tinha esquecido que isto do amor pelos filhos cresce. E porra que cresce muito.
Gostar de um filho. Gostar de todos os filhos
Estou perdidamente encantada pela minha filha, ao ponto de ficar a admirar-lhe as expressões como se fosse a coisa mais maravilhosa à superfície da Terra. Tendo eu 40 anos e uma dose de racionalidade superior ao normal eu sei que não, mas juro que quando fico ali parada parece mesmo. Até suspiro. E acho que nem consigo controlar os batimentos cardíacos tal é o encanto que sinto pelo raio da miúda.
Depois vejo os três. Há dias, quando são horas de estarem todos e eu já eu estou em modo de atropelada pelo camião e a desejar o instante em que deito. Mas vê-los, assim irmãos, em mimos e felizes.
Parecendo uma contradição, nada me alivia dores de cabeça como ouvir música muito alto. Como, parecendo uma contradição nada me me descansa como treinar. É muito mais fácil levantar 82,5kg, três vezes cinco com menos de dois minutos de pausa entre séries, do que responder às solicitações de todos nos dias.
A casa cheia de barulho e brinquedos espalhados – o que juntamente com o meu feitio leva a um segundo atropelamento sem recuperação do anterior – e música, e parvoíces e gargalhas.
Eu não sabia que ia gostar tanto dela. Nem deles. Nem disto de ter uma família. Mas gostar de um filho é assim. E estou infinitamente agradecida.
Por falar nisso, aqui está o vídeo do nascimento da miúda.
Bom saber que ainda há adolescentes com bom gosto musical! 🙂
Oh, logo a MELHOR música dos Arctic Monkeys. É aquela que me faz dançar e cantar como se não houvesse amanhã 🙂
Essa frontalidade e sinceridade com que expõe o que lhe vai na alma é algo absolutamente precioso. E esse é um tema que aposto que mtas mães se negam em abordar mas que lá no íntimo talvez lhes tenha passado pela cabeça, mesmo que em modo parvoíce. É assim mesmo. abordar e expor o tema com esta sinceridade é precioso p o desmistificar. Obrigada Catarina Beato.
Sendo verdade que uma mãe ama o filho de uma maneira diferente de qualquer sentimento de afeição conhecido, uma particularidade de tamanho inenarrável emerge para aquela que ao colo o amamenta.
Ao dar-lhe a mama dá-lhe os laços que indissoluvelmente a ele a amarrarão para sempre.
São as raízes do Céu que para sempre perdurarão.
Ah e tal uma mamadeira também é alimentar.
É diferente. Uma mamadeira é uma obrigação devida à alimentação do bebé, por muito carinho que se empregue nessa tarefa, mas não passa disso mesmo, uma tarefa.
Mas o aconchego do colo da mãe e o seio dessa são laços que nem a morte quebra.
Catarina não me leve a mal mas o texto tem diversas gralhas! Gosto de a ler por isso faço o reparo. Não publique o meu comentário, é só mesmo uma chamada de atenção para si. Parabéns pela família maravilhosa!