Não tenho uma história de superação para vos contar em relação à amamentação. Na verdade eu amamento imenso tempo por preguiça. Sabem aquele botão do off que desejamos que todos os bebés tenham? Eu encontrei na mama. É solução para a fome, a sede, a dor, a birra, o sono.
Isto foi escrito na semana da amamentação, no início de agosto. Partilhei no Instagram decidi pôr aqui também. Porque eu quero que as mulheres saibam que (adoro a frase da campanha espanhola) as nossas mamas não são assunto alheio. O leite materno é o melhor alimento do mundo para um recém nascido, para um bebé e até para um criança pequena. Verdade incontestável.
Mas cada mulher sabe de si. Eu quero respeito pela minha decisão de amamentar até quando nos apetece. Eu quero respeito pela mãe que decide não dar mama. Eu quero respeito pela mãe que dá e decide parar apenas porque já não quer mais.
Eu quero que esta imagem seja normal. E todas as outras. Informar as mulheres de todos os benefícios, ajudar nas dificuldades e deixar decidir. My body my way.
Fotografia do @degois — e eu absolutamente farta da miúda não me largar a mama naquele momento.
E vale a pena ler alguns comentários. Porque é isto mesmo.
“Eu também quero respeito, porque as mãe que não amamentam ou amamentaram pouco sofrem imenso com comentários. O meu caso infelizmente tudo opina e sempre negativo.”
“Ainda armamento a minha filha de dois anos, exatamente pelo mesmo motivo… Preguiça, é a solução mais rápida para a maioria das coisas, e bom saber que não sou a única.”
“‘Informar as mulheres de todos os benefícios, ajudar nas dificuldades e deixar decidir.’ O respeito resumido numa frase”
“Que seja assim sempre: a mãe e o bebé decidem. Mais ninguém tem uma palavra a dizer.”
“O meu também passa fins de semana com o pai e já vamos em 15 meses de maminha! E está para durar! Ele sente-se tão bem e isso dá-me um conforto tão grande! Quando estamos longe um do outro o mais que pode acontecer é ter de tirar um pouco com a bomba para aliviar o peito e não doer.”
“Por aqui é um misto… adoro amamentar mas também tenho dias em que estou farta de dar mama porque a miúda não pára.”
Respeito é o mais importante. A decisão é da mulher (potencialmente o assunto será discutido ou não com o pai) e há que respeitar a sua decisão, seja ela qual for. E a mulher, mesmo que seja muito difícil, deveria ser o mais imune possível a comentários alheios (aos que não sejam construtivos).
Por aqui amamentei os meus 3 filhos enquanto quiseram. Ainda amamento o mais novo que tem 13 meses e ainda mama imenso: acorda de noite para mamar, mama quando tem sono, quando precisa de conforto, quando tem sede, quando tem fome, quando quer. Há pouco tempo ele apanhou um vírus que o deixou sem apetite e muito irritado (mão, pé, boca) e não queria comer nem beber água e mamava o dia todo. Por isso (e por muitas outras coisas) ignoro completamente qualquer crítica por ainda amamentar.
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