quando coordenava campos de férias [suspiro daqueles que até dói no peito de tantas saudades que tenho] escolhia uma música que passava todas as noites na “discoteca”, nas viagens de autocarro e noutros momentos estratégicos.
[há poucas coisas tão fabulosas como viajar e ouvir música. o comboio ganha mas o autocarro e o cacilheiro também têm potencial. quando tinha 15 anos a sério fartava-me de chorar quando voltava de Portalegre, de Leiria e de todos os campos de férias e viagens. na verdade fazia verdadeiros telediscos na minha cabeça enquanto ouvia a mesma música, vezes sem conta, no walkman. eram sempre telediscos capazes de me levar às lágrimas.]
aquilo que eu fazia era impor a “nossa música”, a música com que choraríamos no último dia, a música com que choraríamos a ver as fotografias das férias. na verdade eu não impunha uma música, eu só fazia tudo para que não correr o risco de chegar ao fim sem uma banda sonora para os momentos-das-nossas-vidas.
eu acredito que as história-para-a-vida merecem uma música. a nossa-música.
Olha tu escolhes o que escreves ou sai tudo assim, limpinho? Caramba, 'qu'imbeija'! 🙂
Que bonito blog…
Foi tão bom passar por aqui. Parabéns!
Filomena Fuentefria
Estou adorar o seu blog e está-me a dar força para começar a comer melhor:) mas não é sobre isto que quero escrever. Em que campo de férias esteve em Leiria? Eu ia muito para Peniche e adorava. Que saudades!!:)