Hoje acordaria mais cedo para te dar um beijo. Ia ter contigo para almoçar. Não sei o que te ofereceria. Mas podíamos ir ver o próximo jogo da Naval. Quando chegasses a casa sentava-me ao teu colo a mexer na tua barba. Ao jantar haveria carne assada (tenrinha), castanhas e arroz doce.
passaram quase 13 anos desde que te perdi. sinto que existem duas vidas, antes e depois de te perder. lembro-me de cada bocadinho de ti mas angustia-me quando não consigo ouvir a tua voz exactamente como era. o tempo acalma a dor. há dias em que só penso em ti uma vez, há dias em que percebo que não pensei em ti no dia que passou. mas os momentos de saudade são mais dolorosos. e já são muitas, demasiadas, as decisões que tomei sem conversar contigo, sem ouvir a tua opinião. e já são muitas, demasiadas, as coisas que não te contei. e já são muitas, demasiadas,as gargalhadas que não demos com as piadas que só nós entendíamos. os teus netos herdaram o nosso sentido de humor: conseguem rir de tudo. eu herdei as tuas trombas que equilibro com o sorriso a que me obriguei desde o dia em que morreste. aquele que me ensinaste no hospital: uma vida inteira de trombas para ver a vida ir-se embora assim”. obrigada por me teres oferecido isso antes de me tirares o teu colo. não sabes, desconfio que não gostarias de saber, mas tatuei no corpo o nome da avó: Felicidade. e hoje apetecia-me dizer Parabéns à avó que não conheci e que os meus filhos abraçassem o avô que não chegaste a ser. amo-te pai. parabéns.

Tão bonito*
(Nem precisas de publicar este comentário, é para ti. Food for thought!)
Tu continuas apaixonada por um homem que morreu há 13 anos.
Digamos, pelo modelo!
Isso já te devia ter passado, sabes? A paixão pelo pai…
O julgar que ele é perfeito e que podia resolver tudo
(Nem precisas de publicar este comentário, é para ti. Food for thought!)
Tu continuas apaixonada por um homem que morreu há 13 anos.
Digamos, pelo modelo!
Isso já te devia ter passado, sabes? A paixão pelo pai…
O julgar que ele é perfeito e que podia resolver tudo
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Tu continuas apaixonada por um homem que morreu há 13 anos.
Digamos, pelo modelo!
Isso já te devia ter passado, sabes? A paixão pelo pai…
O julgar que ele é perfeito e que podia resolver tudo
(Nem precisas de publicar este comentário, é para ti. Food for thought!)
Tu continuas apaixonada por um homem que morreu há 13 anos.
Digamos, pelo modelo!
Isso já te devia ter passado, sabes? A paixão pelo pai…
O julgar que ele é perfeito e que podia resolver tudo
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Tu continuas apaixonada por um homem que morreu há 13 anos.
Digamos, pelo modelo!
Isso já te devia ter passado, sabes? A paixão pelo pai…
O julgar que ele é perfeito e que podia resolver tudo
Parabéns 🙂 Tb perdi o meu há quase 13 anos (fará em janeiro 13 anos). Eu acredito que estejam onde estiverem, estão a ver-nos, a acompanhar-nos e a apoiar-nos em tudo o que fazemos 🙂
Eu acredito que o seu pai está orgulhoso da mulher em que a Catarina se tornou, bem como da forma extraordinária como está a educar diariamente os seus filhos 🙂
Um grande beijinho
Tu continuas apaixonada por um homem que morreu há 13 anos!
Que se sinta falta o pai, é uma coisa normal. Mas tu ainda não ultrapassaste a fase em que estamos apaixonadas pelos pais.
Que pensamos que eles podem resolver tudo
Pode ser por isso que ainda não encontraste a tua história de amor. Porque procuras o teu pai
Olá Catarina. Escrevi um comentário enorme e apaguei tudo … os teus posts estão belíssimos e muito comoventes.
Nem imagino o que possas estar a sentir…
Tenho 38 anos e o meu pai 70, há 3 que sofre de cancro e tem sido muito difícil lidar com a eminência da morte; secretamente vou gravando os seus gestos, e faço quase um mapa mental para não me esquecer de como são os seus pêlos das orelhas, as suas rugas, as suas unhas, o sorriso o olhar e até os pontos negros na careca …
Quero-o tanto, quero tanto guardá-lo, não quero que parta, não estou preparada … eu sei que ele não vai para novo e esta doença é uma merda mas somos tão amigos e eu ainda sou a menina dele e preciso tanto dele…
desculpa lá o desabafo.
Um grande abraço neste dia difícil.
Julie agradeço os vários comentários,
tenho muitos anos de psicanálise e posso responder-lhe: a paixão pelo meu pai não passará nunca. As minhas histórias também falhavam quando ele era vivo.
E eu que tenho pai vivo… não sei nem conheço este tipo de amor … mas quando olho para o meu filho e para o pai que escolhi ter ao meu lado, sei que tamanho tem este AMOR!
bjs querida Catarina e obrigada por me lembrares como é bonito este amor
E eu que tenho pai vivo… não sei nem conheço este tipo de amor … mas quando olho para o meu filho e para o pai que escolhi ter ao meu lado, sei que tamanho tem este AMOR!
bjs querida Catarina e obrigada por me lembrares como é bonito este amor