Sonhar com… Colina dos Piscos, a nossa casa de campo

Ao longo da vida tornei-me aquela pessoa que adorava viajar mas detesta sair de casa. Parece uma contradição mas não é. Gosto do conforto do meu espaço e acabo por evitar sair aos fins de semana.

Mas na semana passada senti que precisávamos ir passear. Basta uma noite. o Afonso chama-lhe “dormir no hotel”.

No sábado, aproveitámos as sestas depois de almoço e seguimos até Ourém. É muito fácil chegar à Colina dos Piscos mas é uma surpresa encontrá-la ali. Depois do portão está uma casa azul, perfeita. e foi assim que nos sentimos: em casa.

O Afonso poderá dizer-vos que a televisão era o máximo mas eu não dei por ela. O quarto era branco e confortável. Com vista para o lago e a floresta que nos fazem imaginar piqueniques e casamentos daqueles que agora nos inundam o Pinterest de fotografias inspiradoras. Aproveitei para pedir ao Pedro para casarmos outra vez naquele lugar (temos uma lista de sítios para voltarmos a casar, um com o outro de preferência).

Noite bem dormida – sim, sou daquelas pessoas que avalia os alojamentos pela qualidade do colchão. E a surpresa quando descemos para o pequeno almoço. No Pavilhão das Artes estava a mesa com que poderia acordar todos os dias.

Mas a ideia desta casa não é reservar uma noite só para dormir. Todo o espaço – dentro e fora de casa – é para ser vivido, sentido, experienciado. E nós vamos voltar. De certeza.

 

colina dos piscos

 

Dois arquitetos, pai e filha

As primeiras memórias para Jorge Carvalhão da Colina dos Piscos nasceram nos anos 60, depois do avô ter adquirido a antiga propriedade de uma família aristocrata do século XIX, onde já se inseria a casa, um challet, idealizado por um médico apaixonado pela natureza.

Na altura, Jorge era uma criança e o futuro era um conceito ainda muito abstrato, praticamente desconhecido. Não sabia que iria estudar para ser arquiteto. Não sabia que as viagens seriam o seu maior hobbie. Também não sabia que seria pai de uma menina chamada Filipa, que havia de seguir o mesmo percurso profissional. Não sabia que aquela propriedade, em Casais da Abadia (perto de Ourém e Tomar), se viria a tornar no projeto que os dois, em conjunto, iriam desenvolver.

Poucos pais têm a sorte de desenvolver projetos com os filhos. Jorge e Filipa fazem parte desta excepção. Juntos reabilitaram a antiga casa e  propriedade, tranformando-a naquilo que é hoje: um alojamento turístico muito especial, uma espécie de paraíso secreto, infinitamente maravilhoso (se depois das fotografias restarem dúvidas, leiam os comentários dos hóspedes).

colina dos piscos

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A casa de campo dos nossos sonhos

A Colina dos Piscos é a casa de campo dos nossos sonhos. A ideia (muito bem conseguida) passar por transmitir um sentido de familiaridade, serenidade, calma, união com o campo, com os elementos rurais, desde os frutos, aos cheiros, às plantas, ao lago em forma de coração. Tudo longe do stress e da confusão.

“Quisemos criar a casa de campo que as pessoas gostariam de ter. Não queremos ser um destino para dormir. Quisemos criar um conceito de familiaridade, onde a sensação passa por sentir que o mundo ficou fora da quinta, bem como o barulho. Aqui temos recolhimento, sossego, encontro com a natureza, com os cheiros e experiências do campo.”

O primeiro passo no processo de transformação foi vedar a propriedade: “Procurámos criar um conceito de exclusividade e de charme”, explica Jorge Castelão. “Simultaneamente, recuperámos a casa”, acrescenta. Nesta fase, o objetivo da reabilitação teve o cuidado de manter muitos dos aspetos originais, reforçando-os, até: “Aumentámos o número de trepadeiras, replicámos as janelinhas com losangos que já existiam, por exemplo. A alma da casa está nas carpintarias e materiais utilizados inicialmente, que também reforçámos e deixámos visíveis em alguns espaços.”

Com capacidade para alojar entre 16 e 18 pessoas [a ideia é, com calma, criar mais capacidade de alojamento dentro da quinta, fora da casa principal], os quartos têm vista para o jardim ou para o lago e todo o conforto que se exige.

“No interior, procurámos não exagerar os materiais, as cores. Não fomos pela via do exagero. Quisemos manter a sua essência, mas também pontuámos a casa com elementos contemporâneos, como é o caso da lareira, da cozinha, das novas escadas, que cruzam o nosso tempo com aquele em que a casa foi construída”.

 

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As atividades

Tal como as viagens, a arte é um ponto de interesse comum entre Jorge e Filipa. Na Colina dos Piscos isto materializa-se no Pavilhão das Artes onde, além do pequeno-almoço (já vos disse que é espectacular?), decorrem vários workshops artísticos, que podem ir da área da pintura à culinária. Tem ainda disponíveis bicicletas para passear pelos 10 hectares da propriedade, massagens junto ao lago e possibilidade de realizar atividades aquáticas ou até mesmo passeios de balão. E porque fica junto de vários pontos de interesse do país (as grutas, pegadas de dinossauros, Fátima, Templários, Convento de Cristo), a Colina dos Piscos pode disponibilizar meios de visita próprios para deslocação.

Próximos workhops

28 e 29 de Outubro de 2017 – DESENHO EM CADERNO DE VIAGEM COM JOÃO CATARINO – 6h + (2h desenho noturno opcional)

1, 2 e 3 de Dezembro de 2017 – WORKSHOP DE INTRODUÇÃO À CERÂMICA COM RICARDO LOPES – 3 dias – 12 horas

Se estiverem a planear um fim de semana ou férias em Portugal e aquilo que procuram é um espaço bonito, muita calma, campo, um bom pequeno-almoço e cheiros do campo, então este é o vosso sítio.

1 comentário em “Sonhar com… Colina dos Piscos, a nossa casa de campo”

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