com o Afonso foi uma necessidade: o Gonçalo tinha oito anos de mãe só para ele e estava sozinha com os dois. entre pano e sling ia comigo para todo o lado, em casa adormecia colado a mim e ali ficava enquanto eu ajudava o irmã com os trabalhos de casa ou fazia o jantar. com a Maria Luiza comprei logo um pano elástico [o mais apropriado para recém nascidos]. como o Pedro esteve em casa durante quatro meses a necessidade de libertar as mãos não foi tão urgente como há cinco anos. para além disso a Maria Luiza adorava a alcofa do carrinho.
mas no final do ano, quando comecei a organizar-me para os próximos anos a trabalhar e ficar com a miúda em casa, percebi que precisava de alternativa ao colo e ao carrinho para a dinâmica dentro e foi de casa. acho que nisto – como em tudo o resto na aventura de ter filhos – é preciso simplificar. cada mãe e cada pai sabe aquilo que lhe dá mais jeito. eu gosto muito de ter os miúdos alapados a mim.
Desde a Antiguidade que existem métodos ancestrais, simples mas funcionais, como o pano. Em todos os continentes, em vários países, em diversas culturas, podemos assistir à prática comum e natural de mães a transportarem os seus bebés em panos, em Mei-Tais ou slings. Esta é a melhor forma de corresponderem melhor às necessidades dos seus filhos enquanto têm as mãos livres para poderem realizar outras tarefas. No mundo ocidental vive-se cada vez mais em função do tempo laboral, o que nos retira o tempo de qualidade e nos afasta dos nossos bebés e crianças de forma prematura. Eles precisam de nós, da nossa protecção, do nosso apoio até estarem prontos para enfrentar o mundo sozinhos. A forma de transportarmos os nossos filhos como alternativa ao carrinho modernizou-se e para além dos sempre actuais panos e slings, surgiram no mercado marsúpios ergonómicos. Desenhados por pais e especialistas, submetidos a rigorosos testes de segurança, semelhantes a mochilas estruturadas, práticas e preparadas para oferecer o maior conforto ao seu bebé e a si. É cada vez mais comum sairmos à rua e vermos pais e mães a passearem, a irem às compras ou a praticarem outras actividades com os seus bebés junto a si, num porta-bebés. Esta é a tendência, o regresso às origens, à proximidade e ao que é natural. Um conceito que responde ao desejo do seu bebé e aproxima as famílias entre si. Ao transportar o seu bebé de forma ergonómica está a dar-lhe saúde e a transforma-lo num ser humano mais tranquilo e mais seguro de si. Isto é o Babywearing, que nós definimos como “carregar o amor”. Leva-me Contigo
como a verdadeira princesa é mais esquisita que o Afonso pedi ajuda à Alice – fisioterapeuta e especialista em babywearing – que nos veio mostrar as diferentes alternativas e ver como a miúda se adaptava. única regra fundamental: o bebé deve estar sempre em posição de M, como e estivesse na posição natural de agachamento, e respeitando a curvatura natural da coluna do bebé. o outro requisito é sempre confortável e prático para quem transporta. os panos não elásticos e os slings também são óptimos mas eu optei por uma mochila Ergobaby [igualzinha a esta, como já mostrei no instagram]. maravilhosa!
ontem já andámos mais de cinco quilómetros para irmos almoçar fora, passear e buscar o irmão à escola e não podia ser mais prático. também já dormiu a sesta enquanto dava banho ao Afonso, ao final do dia.
pronto filha, já podemos ficar as duas sempre juntas nos próximos anos [mas isto não invalida que aprendas a dormir durmas sestas com duração superior a 10 minutos sem ser aninhada a mim, mas tens tempo]!
[vou tirar muitas fotos para vos ir mostrando.]
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Tenho um mobywrap e ainda nao arranjei coragem para grandes aventuras…ela só tem 3 semanas..alguém usa? Nao têm Sensaçao que vao escorregando?
Tenho uma mochila Boba e posso dizer que foi uma das melhores compras que fiz. Uso com a minha filha desde que ela tinha 2/3 meses e, mesmo agora, com 1 ano e meio, ela adora andar lá. Como não gostar?! Coladinhos a nós, a sentir a nossa respiração e o nosso calor, a ouvir o bater do nosso coração… Ela sente-se segura, tranquila e nós também! Para mim é conjugação perfeita de pragmatismo e de mimo e amor 🙂
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