sobre o sono. e o pai?

a propósito do post do sono perguntaram “e o pai?”, ou seja: onde estava esse malandro enquanto eu estava acordada madrugada fora? acredito que cada família tem a sua forma de gerir as coisas, aqui em casa fazemos exactamente as mesmas coisas excepto dar mama. e eu tenho um princípio que acredito que resulta: basta estar uma pessoa acordada. assim, se eu tenho que dar mama, ou se já estou desperta porque o A. veio chamar-me a mim, não acordo o Pedro. aliás, se ele acorda mando-o voltar a dormir.

a privação de sono é muito complicada de gerir [por alguma razão é mesmo uma forma de tortura] e eu acho que uma família só tem a ganhar se alguém tiver o sono em dia e mantiver a calma e a cabeça no lugar quando falta à outra parte.

se a minha opção é amamentar sei que existirão noites más [e outras boas, felizmente] e que sou insubstituível nessa função. mas também sei que, se cair de sono e adormecer a qualquer hora do dia, o Pedro trata de tudo – da miúda, dos miúdos e da casa. mesmo à noite, se a miúda tiver a fralda suja, eu durmo e o Pedro muda. se eu tiver acabado de dar de mamar, ou for começar, estou acordada e mudo eu.

outra questão é que eu continuo a trabalhar. acordo mais durante a noite mas tenho alturas do dia mais ausente.

 

sou radicalement contra a frase “o pai ajuda” ou “o meu marido ajuda muito em casa”. aqui em casa fazemos o mesmo. eu ponho a roupa na máquina, o Pedro estende, eu estou a ajudar o G. com um trabalho, o Pedro está com a miúda ou a preparar os jantares, eu estou a acabar um trabalho [vantagens e desvantagens de trabalhar em casa] e o Pedro está a tratar de tudo, o Pedro está fora em trabalho e o tudo calha-me a mim.

e concluindo com o assunto com que comecei: quando um acorda, o outro dorme. é o equilíbrio que resulta por aqui. e, já agora, esta noite foi mesmo boa. convém registar, sem grandes pormenores porque depois dá azar.

 

bom dia!

foto Marta Dreamaker

12 comentários em “sobre o sono. e o pai?”

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  2. Bom dia,

    Partilho da mesma filosofia que a Catarina. O meu parto será em Fevereiro e é algo que tenho falado com o meu marido…..que alguém vai ter de se manter mais equilibrado para que a nossa casa não vire um caos. 😉 Estou a contar com ele para manter a nossa casa organizada quando eu andar a “cair pelos cantos” de tanto sono.

  3. 🙂
    Cabe a cada família fazer o que resulta para si e a sua realidade…
    O que resulta numa casa não tem que resultar na outra…

    🙂
    Felicidades!
    E continuem assim, serenos, mesmo quando alguém está a “cair de sono”!

  4. Também me revolta os fígados quando alguém diz que o marido ajuda. Na nossa casa ninguém ajuda ninguém, partilhamos tarefas.
    Ah e terei o meu primeiro bebé em Fevereiro de 2017 🙂

  5. O Pedro é o que eu considero um marido/pai normal-dos-dias-de-hoje 🙂
    Já não estamos na fase em que a mulher faz tudo (só) em casa e o homem trabalha (só) fora de casa. Hoje em dia, a casa e os filhos são responsabilidade de ambos. Nesse aspeto o Pedro é um espetáculo sim, por aceitar os teus filhos como “dele” – sei que não é o termo certo porque ambos têm pais presentes, mas acho que entendes o que quero dizer – mas ponho as mãos no fogo em como não casarias com ele se assim não fosse 🙂
    Para mim, um pai que trata da filha não está a ajudar, está a fazer o seu papel de pai. E sei que tanto tu como o Pedro vêm as coisas desta mesma perspetiva!
    Concordo plenamente com a parte em que referes que se tu estás acordada não vais acordar o pai só porque tem de ajudar, não faz sentido o Pedro acordar para mudar uma fralda, para tu ficares a olhar para eles 😛
    O Pedro (sozinho) não está de parabéns, quem está de parabéns são vocês os dois, Pedro e Catarina, por terem um equilíbrio tão bom e por levarem a vida com tanta serenidade e tanto equilíbrio 🙂
    Beijinho muito grande para a vossa perfeita dupla! E Beijinhos ainda maiores para os pequenos 🙂

  6. Sim concordo plenamente, não amamentei o Artur por razões psicológicas e havia noites que era o pai que dava o biberão e eu dormia na noite seguinte o pai dormia e eu dava biberão. Ainda esta noite engasgou-se a dormir estava bastante aflito foi eu quem acordou primeiro e foi em socorrer, aproveitamos e mudamos a fralda bebeu um pouco da água e adormeceu, o pai dormia. Mas na noite passada o pai é que esteve a tentar acalmar pois estava bastante agitado, deu-lhe um biberão ele sossegou e eu dormia o Artur já tem 16 meses, mas sempre foi assim um dorme o outro cuida pelo menos durante a noite de dia também vamos dividido as tarefas conforme o que cada um tem mais jeito.
    Beijos

  7. Nem mais. Assinado.
    Aliás, a história do “ajuda muito” faz com que o Nuno (o meu marido) se passe da tola. “Eu não ajudo, eu faço aquilo que é a minha parte, nesta história ninguém ajuda, as responsabilidades são divididas”.
    Tenho essa sorte. De ter casado com alguém a quem nunca tive de explicar que o marido não “ajuda”, o pai não “ajuda”. Participar das tarefas faz parte do dia a dia.
    Beijinho!

    http://embuscadafelicidade.blogs.sapo.pt/

  8. 1º a tua familia é linda
    2º és inspiradora
    3º fazes acreditar que é possível!!

    Acho que muitas mulheres têm receio de acreditar no amor, eu própria, e até mesmo de (nao sei s é o caso) nao estar a viver as coisas ao mesmo tempo, ou seja, ele ja ter tido uma companheira, terem vivido juntos… Sei que nao é o teu caso mas podes dar a tua opiniao sobre isso, sobre esse receio de ambos ja terem tido relacionamentos longos, em que um viveu junto outro nao e ter-se medo de se arriscar novamente, ou do outro nao ter a mesma “animaçao” pq ja passou pelo mobilar a casa uma vez… E como é que se sabe que é “de vez?”…

  9. Ontem a minha filha de 10 anos decidiu que queria fazer tarefas domésticas, perguntava-me “O que posso fazer?”, cheia de entusiasmo. Eu disse-lhe, “olha, podes dobrar essas meias que aí estão no saco, ainda por organizar!”. Ela lá foi, sentou-se, iniciou a tarefa, e não tinham passados dois minutos reclamou “acho que esta tarefa de mãe é muito difícil…”. “Tarefa de Mãe?! respondi ofendida ;P. “Tarefa familiar, queres tu dizer!”, corrigi. Ela olhou-me com um ar de benevolência e disse “desculpa, mas toda a gente sabe que tu és quem faz isto melhor!”. Largou o saco e desistiu de ajudar a família, ou melhor, na cabeça dela, de “ajudar a Mãe”, a que faz tudo melhor que toda a gente e por isso mesmo se trama. Não somos nós que os educamos para explorarem as mães, acho eu, pois passo a vida a implorar que façam qualquer coisinha, e até já sugeri pagar-lhes para não desarrumarem… mas de facto ainda há um longo caminho a percorrer. Acho que o principal mesmo, é conseguir ter calma e paciência para deixá-los “ajudar” quando são pequenos, mesmo que fique tudo mal feito e tenhamos depois que corrigir sem eles verem. No que toca aos pais/maridos, é essencial educarmos os nossos filhos homens para a igualdade, sem privilégios nem excepções, e assim fazermos uma mulher muito feliz, daqui a alguns (muitos) anos! 😀
    (mãe de 4 com marido ausente no estrangeiro por temporadas)

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