treinei esta manhã, vesti-me no carro, casei-me de calças de ganga, apareceu quem descobriu, tivemos os nossos filhos aninhados a nós, à saída tínhamos minis, chamuças e abraços da família que escolhemos. fui trabalhar e reencontrei o meu marido numa bomba de gasolina. como disse hoje, depois de casar: era muito feliz sozinha, só me …
estou meia a voar – qualquer coisa mais como pairar acima das nuvens, pelo sono que tenho, pelo cansada que estou, pelo leve que me sinto, e pela felicidade que a qualquer momento rebenta e eu vou andar a correr para ter a certeza que apanho todos os bocadinhos. vou pedir a uma nuvem para …
amar-vos perdidamente. hoje estou ligeiramente lamechas. gostava que os meus filhos soubessem o quanto lhe agradeço por serem meus amigos, por me conhecerem e respeitarem. cresci no dia em que fui mãe, de formas diferentes, angustiada e sôfrega, calma e independente. obrigada pela forma como aceitam aquilo que me faz feliz. amo-vos perdidamente.
são estas as minhas memórias do pequeno almoço. das melhores coisas desta vida são pequenos almoços demorados, sem pressa de coisa nenhuma. na casa onde cresci, aos domingos, a mesa era posta com panquecas, croissants do Central (agora chamam-se croissants brioche), marmelada, queijo, doce de tomate, manteiga, açúcar e canela. nas férias, quando já era …
Acho que ninguém sonha ter filhos e separar-se. Acontece. E acontece depois de muita frustração perante um projecto que falhou. Reparem que começo com “acho”, porque não tenho certezas absolutas. O conceito de família existe por alguma razão, aliás, existe por todas as razões. Porque, logisticamente, é difícil ser apenas um adulto numa casa e porque, economicamente, faz …
… é bom demais (muito para além do ângulo económico do assunto). Ler Mais »
às vezes venho para aqui refilar porque ter um blog nos expõe a pessoas menos boas. sei que também já agradeci às pessoas lindas que conheci através deste diário público. hoje quero agradecer a quem não conheço de lado nenhum. ando nisto há mais de dez anos. é uma vida. não tinha 27 e já …
esta noite sonhei com o meu pai. via-o ao longe e não conseguia chegar ao pé dele mas sei que me sorriu. sonhar com o meu pai depois do dia de ontem foi demasiado intenso. estou aqui, com o coração aos saltos, a tentar processar, ou a tentar que a sensação de presença permaneça.
daqui a muitos anos, quando andar perdida nos arquivos deste blog, chegarei a este dia e saberei que foi dos mais importantes da minha vida. assim mesmo, de surpresa, exactamente como desejei. quero que saibas que, se tivesse sonhado com isto, se tivesse imaginado antes de acontecer, seria assim como foi.
aviso prévio: este é um post lamechas, daqueles que não costumam ler neste blog, escritos na primeira pessoa. eu guardarei sempre o dia 16. sei que acordei atordoada, com uma neura gigante, tudo culpa do telemóvel novo mergulhado num balde de água, tudo culpa das feridas que teimavam em avisar-me que estavam abertas. nesse dia …
Sempre achei que aquela história da “superação” e de “sair da zona de conforto” era uma grande treta, que servia apenas para que os desafios parecessem ainda mais difíceis de alcançar, envolvidos em frases bonitas. “Sair da zona de conforto” nunca poderia ser uma coisa boa, pensava. “Conforto”, como o próprio nome indica é bem estar …