o nosso medronheiro

Quando o Nuno Nobre me convidou para fazer parte do projecto Endógenos aceitei de imediato. 
Sou apaixonada por comida, principalmente, sou apaixonada pelo resultado dessa arte que é cozinhar. A ideia do Endógenos é utilizar produtos tipicamente portugueses, interpertá-los e reinventá-los. A primeira experiência gastronómica do novo projeto Endógenos teve como base o medronheiro. A interpretação gastronómica foi feita pelo Chef Luis Miguel Rodrigues acompanhada pela escolha vinícola do enólogo Virgílio Loureiro. O espaço para este primeiro encontro foi perfeito: o restaurante Belém 2 a 8 em Lisboa [espaço muito agradável e um excelente atendimento].
Assim dizia o convite:

Um golpe da sua água benta nos peixinhos da horta;
Os frutos numa compota com beijinho crocante;
O medronho abraçado pela rainha na companhia do rei coroado;
O dito cujo num malandrinho e a bochecha assada num abraço, na galhofa;
A sericaia e os frutos em calda do seu mel;
O café com o dito susto.

Fomos recebidos com uma bebida feita com aguardente de medronho, sumo de lima e brandy mel [teria repetido vezes sem conta mas ficava mal].

E traduzido, foi assim que comemos:
Peixinhos da horta, deliciosos, o medronho, na forma de aguardente, é acrescentado à pome para que fique mais crocante;
Um croquete de beijinho, um corte especial da vaca, especial pelo seu sabor suculento, brilho maciez da carne, servido com compota do fruto medronho;
Bacalhau com crosta de broa e medronho e sardinha que foi ao forno enrolada num fruto e ramo de medronho;
Bochecha com folha e ramos de medronho e arroz malandrinho com o pedacinhos do fruto;
sericaia com mel de medronho.

O objectivo não é apenas provar, saborear, comer. Durante o jantar conversou-se, trocaram-se a ideias e contactos. Eu aproveitei para conhecer a Isabel, que aceitou o convite para estar presente. Se já era fã, há muitos anos, das coisas que cozinhava, agora sou fã também da pessoa.

Agora é esperar, ansiosamente, pela 2ª edição do Endógenos [aviso quando estiver marcada].

2 comentários em “o nosso medronheiro”

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