são quase doze anos. já é viver com um adolescente. são muitas horas só os dois. é muita cumplicidade. são muitas horas a aturar as minhas amigas que se tornaram tias para a vida. mesmo sabendo aquilo que nos une nunca deixarei de me comover quando, depois de um almoco cheio de disparates, em gargalhadas sonoras, olhaste para mim muito sério e disseste:
– Podes ter os namorados que quiseres. Só quero que sejas sempre amiga do meu pai, que te dês sempre bem com o R. [pai do A.] e que sejas feliz.
não é pela autorização. não precisaria dela, sou mãe, tu és filho. é pelo filho que és, pelo rapaz em que te tornaste. não respondi, ri-me apenas. porque o G. sabe que a única coisa que quero da vida é tranquilidade para ser feliz como mulher, como amiga, como filha e sempre, sempre, sempre, como mãe.
Lindo!
cumplicidade e tranquilidade.
Sou filha de pais separados e confesso que é muito importante para mim que os meus pais se dêem bem.
Lindo…
fogo… que miudo tão bonito.
fogo… que miudo tão bonito
emocionaram-me as palavras do teu filho, ou seja, vieram-me lágrimas aos olhos. lindo esse amor e cumplicidade