taxa de natalidade

então bom dia!

o problema da baixa taxa de natalidade não são os empregos nem a falta de apoios do Estado, é a tosse e o frio.

nota: relembrar esta noite na hipótese remota de pensar em ter outro.

 

(obrigada a todas as pessoas que comentaram no instagram quando, há dois dias, partilhava esta foto e desabafava:

eu sinto-me um “cocó cansado” – tenho muito sono, estou com péssima cara, não durmo o suficiente para treinar como gosto, acordo e deito-me com a sensação que estou a esquecer-me de tudo o que tenho para fazer, há dias em que me sinto capaz de estar regrada e perder os quilos que faltam, há dias em que estou tão inchada que devo pesar do dobro do dia anterior, estou carente dos meus filhos e do meu marido (tipo muito maricas) e acabo alguns dias com muita vontade de chorar. olho para esta foto e nada do que escrevi antes muda mas o meu sorriso fica maior do que o dela.)

A Maria Luiza não sabe dormir sestas e, com sono, fica refilona, e cada vez mais refilona até proporcionar uns finais de dia bastante barulhentos. Reparem que tentei escrever isto sem a palavra choro mas posso reformular de uma forma mais directa: a Maria Luisa não dorme durante o dia e chora (bastante alto acrescente-se). Há alturas em que estou mais tranquila e mais resistente ao choro mas noutras aquilo entra na cabeça e parecem martelos. Nesses momentos – que parecem eternidades com contornos de tortura – penso no cansaço que sinto, fico de mau humor, refilo [para dentro porque o Afonso não admite a menor crítica à irmã], questino-me sobre o posso estar a fazer errado, “estou farta”, “não aguento”, e outras coisas dentro do mesmo registo.

Depois ela para, porque abre os olhos e faz um sorriso imenso, ou porque adormece e põe o lábio de baixo todo para fora no beicinho mais delicioso de todos os tempos. E assim, em segundos, só penso como o raio da miúda é linda e como sou feliz. É impressionante esta capacidade de recomeçar, fazer o reset. Também lhe podia chamar sobrevivência maternal (ou parental, como queiram) mas soava mais dramático.

 

já dei o meu contributo para a taxa de natalidade.

 

2 comentários em “então bom dia!”

  1. Força mamã! E calma… tudo a seu tempo. Tudo passa 🙂 tudo vai melhorar e de certeza que já passou por pior e vai ultrapassar mais esta

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