minha rede

a minha rede (quem me protege nas quedas e na vida)

tenha a mania que faço tudo sozinha mas é só mesmo mania porque, mesmo podendo fazer tudo sem ajuda, a vida é muito mais fácil quando construímos uma rede – não precisa de ser grande basta ser forte e constante (deve ser isso que sentem os trapezistas).

a rede que construí permite que a vida seja mais leve mesmo quando a logística parece demasiado pesada. a minha mãe que vai buscar os miúdos sempre que a logística dela permite. a tia Li que vai buscar o A. e comer gelados ao final do dia. os pais dos amigos do G. que desenrascam boleias e almoço depois de manhãs de estudo. os pais dos meus filhos com que nunca estabeleci rotinas rígidas. a Ana que faz comida, vem-me buscar e trata daquilo que falta para os workshops quando a minha memória não permite mais. os amigos que são família e a quem podemos pedir ajuda, a quem podemos pedir colo para os nossos para que voltemos a ter duas mãos.

a rede que construí também passa pelos serviços que me permitem simplificar. seja o restaurante onde vou buscar comida quando não há tempo ou paciência (agora muito menos porque o Pedro cozinha e faz sopas maravilhosas), o lugar onde vou treinar e onde posso levar a miúda comigo (e às vezes enquanto eu treino alguém tem que abanar o carrinho). nos últimos tempos também o transporte que me salva nas manhãs de atraso ou quando não consigo fazer a pé todas as viagens necessárias nesta logística em que somos muitos.

é a minha rede.

 

foto: Dreamaker
alcofa da Maria Luiza: Grace Baby & Child

3 comentários em “a minha rede (quem me protege nas quedas e na vida)”

  1. Pingback: a minha “rede” - Baby Blogs Portugal

  2. Eu acho maravilhoso este mundo em que os familiares e amigos estão presentes,seja para ajudar,fazer companhia ou participar na nossa vida. É uma rede maravilhosa essa que a Catarina tem. Eu tenho a minha,embora muito mais pequena, é o suficiente para me sentir mais descansada.
    Beijinhos

  3. Nós vivemos fora da rede, não no meio do nada mas numa cidade que não é a nossa, onde não temos um único familiar. Sempre vivemos assim, primeiro 10 anos em Lisboa e há 2 anos um pouco mais a norte. Não sabemos viver de outra forma, somos dois + duas crianças e contamos apenas connosco para toda essa lista infindável de coisas a fazer. É complicado, difícil e muitas vezes frustante.
    Não me sinto uma super mulher, nem o quero ser porque super pessoas só os heróis da ficção, mas às vezes gostava que o cansaço não me impedisse de sentir orgulhosa por tudo que tenho conseguido fazer sem a “rede”.

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