[dinheiro ou tempo?]

li este artigo e pensei como era bom se todas as pessoas pudessem optar por trabalhar menos e estar mais tempo em casa. já escrevi sobre este tema e acho importante começar pelo parágrafo com que termino:
* Mas o meu sonho de felicidade construída com tempo esbarra nessa linha abaixo da qual nenhum tempo compensa o dinheiro que não se tem. De que serve o tempo se for buscar o filho mais cedo à escola e não tiver dinheiro para lhe dar jantar? De que serve o tempo para ir as compras com calmas se não existe nenhum dinheiro para gastar? De que serve o tempo para organizar as ideias se a cabeça estiver totalmente ocupada pela angústia das dívidas?

há quase quatro anos, por motivos alheios à minha vontade vi-me confronta com a gestão de todo o meu tempo. primeiro estranhei, depois percebi que era mais feliz assim e depois tomei uma opção: viver com menos dinheiro [dentro de um orçamento que me permite viver, para além de sobreviver *] e com mais tempo. e ontem, enquanto lia o artigo pensava que era muito bom que existissem alternativas, e que todos pudéssemos experimentar a vida sem pressa.

e escrevo isto sempre com uma imensa gratidão por poder ter feito esta escolha. porque mesmo nos meses em que as preocupações são maiores e as contas mais apertadas [e com um profundo respeito para quem o conceito de contas apertadas é angustiante e não apenas ter que repetir muitas vezes as contas] tenho a certeza que fiz a coisa certa.

e é muito engraçado ler os meus posts antigos a pedir tempo…

6 comentários em “[dinheiro ou tempo?]”

  1. Quem me dera um dia ter essa coragem. Tenho a certeza que conseguia ser mais feliz. A falta de tempo a mim dá-me a volta à cabeça.
    O engraçado é que hoje ia publicar no meu blog um post sobre "o meu dia ideal" e ia exactamente falar sobre este tema.
    O tempo para mim é uma coisa preciosa. Espero um dia conseguir dar a volta como tu deste.

    http://mundodamafy.blogspot.pt/

  2. Penso nisso imensas vezes. Tenho um filho e outro a caminho e não senti esta necessidade de tempo logo que o M. nasceu, mas sim de há um ano para cá (ele está com 4 anos), em que exige mais de nós e em que queremos tempo de qualidade para lhe mostrar o mundo e acompanhar o crescimento.
    Há países que têm um incentivo a que os pais fiquem mais tempo em casa com os filhos imenso.
    Cá em casa, ainda não conseguimos ter um vencimento entre os dois que chegue para as contas da casa e que permite que um de nós tenha uma ocupação a meio tempo.
    Desejo um dia chegar lá 🙂

  3. Penso nisso imensas vezes. Tenho um filho e outro a caminho e não senti esta necessidade de tempo logo que o M. nasceu, mas sim de há um ano para cá (ele está com 4 anos), em que exige mais de nós e em que queremos tempo de qualidade para lhe mostrar o mundo e acompanhar o crescimento.
    Há países que têm um incentivo a que os pais fiquem mais tempo em casa com os filhos imenso.
    Cá em casa, ainda não conseguimos ter um vencimento entre os dois que chegue para as contas da casa e que permite que um de nós tenha uma ocupação a meio tempo.
    Desejo um dia chegar lá 🙂

  4. Tenho gradualmente travado essa luta desde que a minha filha nasceu à três anos. Tomei esse passo e vi-me obrigada a voltar atrás e agora preparo-me para voltar à carga. É uma batalha pela qual vale a pena lutar sempre, sem desistir. O meu objectivo é que um dia a minha filha ou a minha neta/o se vire para mim e me diga "mas como é que é possível que não tenha sido sempre assim?!" 🙂 grande beijinho

  5. Bom dia,

    Eu, também mãe, na casa dos 30´s, mãe de 1 e com vontade de ser outra vez mãe, passo os meus dias a matutar nesta questão: o tempo! Quão valioso ele é: especialmente para o dedicarmos a quem pomos no mundo! Para os podermos orientar devidamente, para podermos estar bem, sem stresses, sem pressas, sem fazermos tudo à pressão, sem termos que “empurrar” a vida e dar-lhes, assim, o nosso melhor que eles tanto merecem!

    Numa altura que o país passa por uma crise económica, social/de valores… é, com certeza, a altura ideal para reflectirmos e agirmos! A flexibilização do horário de trabalho só trará vantagens ao país, às mães, às famílias. A flexibilização de horários, a protecção da maternidade, o incentivo à natalidade, a protecção da família! Mulheres, temos de conseguir conquistar isto!! A propósito deste assunto, sem querer fazer publicidades de outros blogs, vejam a resposta de TANTAS MULHERES a uma só questão: http://apipocamaisdoce.sapo.pt/2014/09/deem-me-la-aqui-uma-ajudinha.html

    Vêem como a questão “maternidade” mexe com tanta gente!! Até quando vamos deixar-nos andar assim?! Até quando vamos adiar sonhos de ter filhos, vidas equilibradas e não vamos fazer nada?! Não são os ministros, os deputados, os Senhores do poder criados por mães?!

    Tal como sugeri no blog do qual partilhei atrás o post, sugiro também no seu: porque não aproveitar os leitores, unir forças e fazer, por exemplo, uma petição a reclamar a dignidade da Mãe, Família na sociedade?! Numa altura que nos aproximamos de eleições e em que a questão natalidade já foi abordada, porque não aproveitamos?! Assinar uma petição em massa, juntar as nossas forças e fazer algo, mostrar o nosso descontentamento, a nossa tristeza, os nossos medos de assumirmos os papéis primordiais do Ser Humano por causa de tão pouca preocupação e banalização do que é a base, o suporte da toda a vida humana!

    Sei que pode parecer uma ideia idílica mas se continuarmos a aceitar tudo o que é imposto, se não nos manifestamos, as coisas continuarão iguais! Temos o direito de reivindicar por direitos que deveriam ser inatos, temos o direito de defender o “órgão” soberano da sociedade: a família! Com a assinatura, de milhentas mulheres, penso que não passaríamos despercebidas, alguma coisa iria certamente mudar, pelo impacto de ser em massa, alguém iria reflectir. O que me diz Catarina Beato? O que me dizem Mulheres e Mães de Portugal?!?
    Raquel T. V.

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