sempre sobre histórias-de-amor

Dizem que o amor tem qualquer coisa de Química. Mas há uma equação física, formulada por Charles de Coulomb, no século XVIII, que descreve a interacção electrostática entre partículas electricamente carregadas e explica, também, como o Universo conspirou de forma tão perfeita até nos juntar de forma magnética, às vezes quase siamesa.


Os opostos atraem-se, diz a Lei de Coulomb e a frase batida.


Vejamos; vamos por partes: eu sou morena, vivo numa batalha permanente desde que sou gente com o perímetro da minha anca medindo em vão tudo o que como, rio muito alto, falo tão mais alto quanto rio, choro muito, choro por qualquer coisa, boa ou má, faço das gralhas criaturas reservadas, falo da boca para fora, falo o que devo e o que não devo e digo muitos palavrões, justificando o calão com a minha costela beirã (aquela que depois já deu crianças de olhos azuis), voto à direita apesar de ter aura de sindicalista e, pior de tudo, eu e o meu umbigo padecemos do complexo-centro-do-mundo.


Ele é loiro, é magro e seco, dá prejuízo aos rodízios brasileiros de carne suculenta, fala pouco e muito baixinho, ri-se de forma contida, e é um perigoso esquerdalho. E depois é a mais generosa e doce de todas as criaturas do mundo: deixa o palco todo para mim, não precisa de protagonismos, segue atrás de mim, entre a sombra e o guarda-costas, ampara-me quando dou um trambolhão na passarelle ou quando, em vez de aclamação e bravos, a plateia me lança vaias e apupos.


(…)

[ler toda a história aqui,
já falei muitas vezes sobre a Diana e o João, aliás acho que falo sempre deles quando quero provar que as histórias de amor como nos filmes existem mesmo.
voltem ao blog todos os dias porque estão ali os melhores caracteres da blogosfera.]

1 comentário em “sempre sobre histórias-de-amor”

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