ontem, meio a sério, meio a brincar, perguntavam-me se ia casar. só se puder casar de calças de ganga. e lembrei-me dos dias depois de ter sido convidada para madrinha de casamento da minha mana de coração. queria viver aquele momento sem nenhum desconforto. sabia que lhe podia dizer. deixas-me ir de calças de ganga? gosto das fotografias que guardo com um vestido. gosto dos momentos em que me vejo ao espelho maquilhada. mas no meu conforto, na forma como gosto de estar, naquilo que sou, tenho os óculos na cara lavada e umas calças de ganga. cresci assim. e percebi que tinha de escrever sobre calças de ganga quando, no dia em que confessei que queria casar com calças de ganga, recordava a cara do senhor da funerária quando lhe expliquei que queria que vestissem o meu pai com a sua roupa preferida. esperaram pelo seu melhor fato e eu trouxe as calças de ganga e o casaco de cabedal. calças de ganga? talvez a sua expressão de estranheza seja exactamente a mesma com que os meus filhos olham para mim quando estou maquilhada e com um vestido. talvez não acreditem mas eu sou o contrário de uma princesa e vivo neste limbo entre o quanto gosto que me leiam e quanto me apetece esconder-me com as minhas calças de ganga.
Compreendo perfeitamente, Catarina. Para ser sincera, não considero calças de ganga (ou nenhumas) minimamente confortáveis, apesar de as usar de vez em quando.Sempre achei os vestidos muito mais confortáveis na medida em que dão mais liberdade de movimentos.
Mas depois penso melhor e parece-me que talvez o que nos é confortável pode nada ter a ver com a peça de roupa, mas sim com as nossas próprias zonas de conforto. Será? Se sim, a minha é definitivamente a dos vestidos. 🙂
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Eu casei-me de calças de ganga!!!!! É mesmo verdade!!! E em Las Vegas, co. O Elvis a cantar e tudo!!!! E o casamento é válido!
Devemos usar o que nos faz sentir confortáveis, sejam ténis ou sapatos altos, vestidos ou calças de ganga!