Em quase todas as histórias de amor que se escrevem nos livros os apaixonados deixam-se quando ainda se amam – porque serás mais feliz sem mim, porque não vi que eras tudo o que precisava na minha vida, porque precisava dessa distância para perceber o que sinto. Lamento mas, mais do que os finais felizes, essa histórias das pessoas que se deixam apesar do imenso amor que sentem é uma grande treta.
No amor, no amor a sério, os apaixonados nunca acreditam que a vida da pessoa que amam será melhor sem eles. Porque amor é cuidar e fazer feliz. Se a pessoa amada estiver melhor sem mim é porque não amo essa pessoa.
Quando descobrimos que a pessoa abandonada era tudo o que precisávamos na vida, dias, meses ou anos depois, isso não é amor, são os sentimentos confortáveis que dão jeito. Estar apaixonado a sério não dá jeito nenhum, troca-nos as voltas, tira-nos a capacidade para as pequenas coisas do dia-a-dia, consome e dá tonturas. Ninguém quer ser “tudo o que faz falta”, queremos o amor que não se explica mas que existe.
Não acredito que sejam preciso “tempos” e “distâncias” para se perceber o que se sente [com a devida excepção do tempo e da distância que às vezes precisamos para nos arrumarmos connosco mesmo].
O amor não se faz do sofrimento, faz-se de momentos loucos e períodos serenos mas faz-se, sempre, de sermos muito mais felizes com alguém do que sem essa pessoa.
E seria tão bom se assim fosse… Porque amo mas estaria melhor sem este amor. Porque ele ama mas estaria melhor sem este amor. Porque apesar de ser um amor que nos tira o sono, que provoca borboletas na barriga, que grita todos os dias o quanto é grande, que trepa muros para ultrapassar os dissabores, as incompatibilidades são tantas mas tantas…vamos passando a vida no limbo a decidir qual a dor que mais doí, a da distância ou proximidade…
Adoro o que escreve e mesmo que nem sempre concorde com o que leio, trago-lhe sempre o respeito pela opinião sempre tão fluída e harmoniosa.
Concordo tão plenamente com estas palavras. Dou por mim, sempre que leio um romance e acontece 'terem' de se separar para perceberem que aquela pessoa lhes é essencial, a suspirar e a 'bufar' e a pensar: bela treta! humpf!
amar é cuidar, é acarinhar, é fazer a pessoa que temos ao nosso lado muito mais feliz do que ela alguma vez seria na nossa ausência. E quando isso deixar de existir, o amor, também esse, desapareceu.
Um beijo,
Catarina*
http://day-dreamer.blogs.sapo.pt/
O meu rapaz acabou comigo 3 meses depois de começarmos a namorar… Segundo ele nunca tinha namorado e não sabia lidar com o que sentia e com o facto de eu ter tomado aquele lugar dentro dele . Depois lá se resolveu e voltou-me a conquistar. Até hoje… Mas naquele hiato não alimentei esperanças… também não acredito em "dar um tempo"…
O problema das pessoas é chamarem amor ao hábito e ao que é conforto. Normalmente nem sabem distinguir os "sintomas" do amor…
O amor é uma sorte! Quando o sabemos ver!
http://thingsilovefotoreportagem.blogspot.pt/
é tão verdade minha querida, está tudo dito! Para mim o amor é isso mesmo, sincero, simples, sem truques ou outras complicações..se assim não for não é amor verdadeiro 🙂 *
<3
Tão verdadeiro 🙂
É mesmo bom ler-te.
Beijinho
Cláudia