[mãe]

freud explica quando nos zangamos. quando eu sou bruta ou tu és maricas. ou as duas coisas ao mesmo tempo. choras com coisas tontas mas manténs-te serena em todas as catástrofes. chegas sempre a horas e aos sítios importantes [como no momento em que, de madrugada, entraste a correr na sala de partos e me deste a mão. e juntas fizemos o A. nascer]. não sabes fechar malas mas resolves os mais difíceis problemas de Física. és cheia de contradições fascinantes e irritantes. és muito, muito bonita. apaixonante. e eu nem sempre soube, nem sei, gerir os ciúmes por não seres só minha. mas sem contradições: o que mais quero é que seja feliz. parabéns mãe. minha mãe. parabéns avó. melhor avó do mundo.

[devíamos estar todos a almoçar no Mercado de San Miguel… come por mim com o teu neto crescido. eu vou obrigar esta criatura pequena a compensar-me por nos ter deixado em casa.]

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