Quem quer férias ilimitadas?

Se tivesse férias ilimitadas quando dias escolheria ter por ano? O desejo imediato será dizer “365”, mas não será essa a realidade. 

Já escrevi muitas vezes sobre a importância do tempo nas nossas vidas.
Tempo para ser mãe, tempo para ser filha, tempo para ser amiga e tempo
simplesmente para ser, fazer aquilo de que mais se gosta, cumprir
obrigações e mesmo trabalhar de acordo com o nosso ritmo pessoal.

O
empresário Richard Branson afirma mesmo que “o tempo é o novo
dinheiro”. Eu arriscaria dizer que algumas pessoas continuariam a
preferir ser compensadas em dinheiro mas, nos tempos que correm, e
perante a realidade de salários serem cada vez menores, a única
compensação possível é o “tempo”.

De acordo com este artigo,
o dono da Virgin anunciou que vai dar aos seus empregados férias
ilimitadas. Porque ninguém dá nada de graça, Richard Branson juntou-se
ao grupo daqueles que acreditam que as empresas fazem mais dinheiro
quando devolvem aos trabalhadores o tempo que eles têm investido.

A
ideia é tão simples: se formos donos do nosso tempo faremos uma gestão
mais produtiva do mesmo. Obviamente, direi eu, por um lado, nem todos
temos os mesmo ritmos ou horários de trabalho mas, mais do que isso,
pessoas felizes trabalham melhor e empregados gratos pela forma como são
remunerados e compensados, ainda trabalham mais.

Lutamos por
direitos que são incontestáveis – o número de horas de trabalho, os
dias de descanso e a remuneração das horas extraordinárias. Mas também
devíamos lutar por mais tempo. Na verdade, mais importante do que as
férias em si, mais importante do que o dinheiro apenas pelo dinheiro, é a
sensação (tão, mas tão rara) de sermos juntamente compensados por
aquilo que damos a ganhar à empresa onde trabalhamos.

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