Parem tudo! Esqueçam tudo o que já viram. Deixem-se de críticas tontas aos Casados à Primeira Vista (quem quer que eu escreva mais sobre o programa? Costumo ir à SIC comentar mas não tenho deixado aqui nada). Quem já viu “The Farmer wants a Wife”? Em português, quem quer namorar o agricultor?
Comentava ontem com o Pedro que grande parte do choque é culpa minha. Se fosse um programa americano eu achava tudo normal. Sou consumidora e analisadora ferrenha de todas as séries americanas em que o marido tem várias mulheres e filhos. É um fenómenos que me intriga. O conceito de comunidade é perfeito. Mas partilhar sexualmente um homem não é para mim (pelo menos sabendo… ahahahah!).
Uma pessoa vê o Master Chef Austrália, as séries todas de remodelações (doida pelo The Block)…. Uma pessoa segue aquelas instagramers surfistas perfeita australianas, com filhos lindos e vidas invejáveis. Pronto! Esqueci-me que a Austrália é enorme, com zonas rurais e outras mentalidades para além daquelas que eu enfiei na cabeça.
Nota prévia: nada contra formas diferentes de encontrar o amor (sabem como conheci o Pedro?). Agora imaginem uma camioneta, mas daquelas grandes, tipo Expresso para terra em tempo de aulas, cheia de mulheres, que vão conhecer o fazendeiro preferido.
Pois então largam as raparigas (que são candidatas voluntárias e não obrigadas a estarem ali). Que gritam quando vêm os rapazes passar. Depois, cada um das oito raparigas para cada um (são cinco, se não me estou a esquecer de nenhum) têm encontros individuais rápidos (5 minutos).
Lá está, na série, como na vida, aquela ideia tão machista, das mulheres que se digladiam pelo macho. Em vez de quem quer casar com a corochinha, Em português, quem quer namorar o agricultor?
Atenção! Em tudo o resto não há qualquer machismo: são homens solitários, sensíveis, há um pai solteiro, cozinham, fazem tudo em casa. A ideia é mesmo que eles procuram o amor. Mas aquela coisa de porem várias mulheres à porrada por causa de um homem não dá para mim….
Depois do encontro, cada fazendeiro escolhe quatro raparigas para irem viver com ele para a quinta (belas quintas, por sinal). Lá está! Se fosse uma cena de poligamia, em que vão aprender todos a viver juntos, eu entendia (apesar de não ser para mim).
A questão é que voltamos ao mesmo, de acordo com o conceito do programa, ele vai andar com todas para escolher uma! Naturalmente os rapazes já têm uma preferida por isso aquilo resulta num mau ambiente horrível em que elas não se suportam.
Ohhh, a solidariedade feminina a ser tão bem fomentada….
Não vos conto mais porque devem ir espreitar. Eu acho os rapazes uns amores e gostava que fizessem isto ao estilo do Casados à Primeira Vista. Ia só uma e, se não resultasse, podiam ter plano B ou C. Mas uma de cada vez. Ou então todos ao molho, 5 fazendeiros e 5 mulheres. Agora isto de promover a ideia de que as mulheres têm que lutar para ficarem com um homem…. não! E diria o mesmo ao contrário (vários homens a darem-se mal para conquistarem a mesma mulher).
Espero que a versão portuguesa, Quem quer namorar o agricultor? , seja um pouco diferente…
Nisto dos programa amorosos estou mesmo fã do Seven Years Switch mas disso falo para a semana.
meh…nope, foleirada Catarina 🙂
Numa outra nota, e só muda se quiser, mas não use o telemóvel quando está em directo…hiper mega foleiro, e outra coisa que nem sei se me dá coceira se gosto do tique, mas acho que me dá mais coceira, mas com empatia, vá que tb sei o que isso é 🙂 aperte os óculos!!! 🙂 bjs
Em relação aos óculos nada a fazer 🙂 até sem eles faço o gesto. Mas fico feliz por saber que me vê.
Aqui na suécia o programa é um sucesso (Bonder söker fru)! Também há um programa em que em vez de um agricultor é um padre (protestante)……
Eu tenho acompanhado o ‘Casados à primeira vista’ e sou fã do formato. Por isso, críticas e reflexões à volta disso são sempre bem-vindos. Aliás acho que o programa permite isso mesmo, muita reflexão e critica, incluindo a nós mesmos. Porque há atitudes que, por um ou outro motivo, encaixam na nossa relação também.
Xiiii…. o que me foste lembrar, o The Block, eu adorava aquilo, vi as duas primeiras temporadas e nem sei se existiram mais, opahh nostalgia agora ☺️ A Sic mulher bem podia voltar a passar alguns programas que emitiram há uns anos atrás, os da Sarah Richardson então adorava, Catarina mete aí uma cunha 😂
A propósito da ideia de todos ao molho e fé em Deus, em igual número de homens e mulheres, e tentarem arranjar por lá um par há um programa americano, que penso que dava na mtv (não sei se ainsa dá), que era isso mesmo. Aliás, misturava esse conceito com o do casados à 1a vista. Supostamente, havia ali matches feitos por “especialistas”, matchmakers profissionais que aparentemente são uma cena nos states. No entanto, ninguém sabia quem era o seu match. Então eram colocados todos na mesma casa e tinham de conviver uns cons os outros tentando descobrir quem era o seu match. Claro que havia sempre alguma confusão, mas fazia-me um pouco menos de confusão do que estas versões do casados à 1a vista e do farmer wants a wife, the bachelor e outros que tais…
P. S. Adoro o blog e as partilhas 🙂 😘
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