Perguntei no Instagram sobre que assuntos gostariam que escrevesse. Recebi imensas ideias giras mas aquilo que mais perguntaram foi: E as tatuagens? O que significam? Quantas tatuagens tens?
Aviso já que não vou responder a tudo. Vou fazer render o tema porque tenho tatuagens suficientes para isso. Podemos sempre deixar alguma curiosidade sobre o tema. E, naturalmente, alguns pormenores são mais íntimos.
Eu gosto muito de tatuagens. Em mim e nos outros. Entendo quem não goste. O meu avô diz mesmo que só se justifica se tivermos andado na guerra. Nestas coisas que envolvem o corpo a palavra de ordem é: liberdade. Quem gosta faz, quem não gosta não faz. Quem adora e não lhe interessa que tenha um significado, força. Eu adoro mas preciso que – no momento em que estou a marcar alguma coisa que é para sempre – tenha muito significado. Porque passado algum tempo, mesmo que a imagem não nos faça tanto sentido, o significado tem que lá estar.
E atenção porque isto de marcar algo na pele para sempre tem que ser pensado, repensado e testado.
Posso aliás começar por falar de uma tatuagem que viveu uma história complicada. Tatuei, há três anos, um globo. Significava um novo mundo e a vontade de conhecer o mundo. Tinha guardado um desenho que vi num revista em Amesterdão e queria aquilo. A a tatuagem ficou maior do que previ, sarou muito mal e o resultado foi desastroso. Se podia viver o resto da vida com aquele globo? Podia. Mas há um ano fiz um trabalho de cover com a Mariza Seita e fiz um globo lindo em cima do outro. Está na parte interior do meu antebraço esquerdo. É lindo mas lembra-me que as tatuagens também podem correr mal.
Ao pé deste globo – no pulso esquerdo – está uma andorinha que representa a chegada do Afonso. Uma nova primavera. Foi feita em Londres num inverno feliz.
No lado oposto, braço direito, está uma nuvem tatuada em Amesterdão. Representa uma ligação eterna. mas também a leveza que quero para a minha vida.
Perto vive um coração (que pertence ao Pedro).
E uma estrela azul que é a continuação da frase “Há sempre estrelas cadentes”.
Esta frase – dita pelo Gonçalo quando tinha quatro anos – é a possibilidade infinita que temos para pedir desejos. E é tão mas tão importante na minha vida que faz parte do livro Ser Feliz Todos os Dias.
E hoje – neste assunto das tatuagens – ficamos pelos braços.
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Sinceramente, não sei se seria capaz de fazer uma tatuagem, porque sou pouco tolerante à dor e muito medricas no que toca a estas coisas. Contudo, concordo contigo: se fizesse uma tatuagem, ela teria de ter um significado muito forte que me lembrasse sempre por que é que tinha tomado a decisão de gravar aquilo que no meu corpo.
Gostei muito mesmo deste post. Beijinhos,
inesmartinsxx.blogspot.pt
Ando com uma vontade de fazer uma um mochinho. Quando me questionarem o significado eu respondo : significa que tinha dinheiro e fui a um tatuador para fazer.😆😆😆😆