fazer menos

o direito que temos de fazer menos

Olha, olha, voltamos ao tema do cansaço. Mas vou anotar na agenda e não digo mais cansaço até 2018. Combinado?

A verdade é que às vezes o canso ganha e não há mal nenhum em deitar a toalha ao chão. Há estados que fazem a nossa cabeça explodir. E que nos fazem querer desaparecer. Os barulhos tornam-se irritantes, ao ponto de se tornarem insuportáveis. Nós vamos tentando gerir como podemos, mas o cansaço vai-se acumulando. Depois temos vontade de chorar. Não há mal, mas se podermos não chegar a esse ponto, melhor. E porque é que estou a recordar isto? Porque encontrei um post no site da Denaye Barahona, Simple Families, que fala no “direito a fazer menos”.

Fazer menos pode, na verdade, significar, fazer mais – porque nos concentramos  e conseguimos ser melhores. A autora do blogue, que também é mãe, diz que andava freneticamente a correr de um lado para o outro. A rotina era assim. E era destruidora: altos níveis de stress, caos, pressa constante. E com isto tudo surgiam, claro, vários acontecimentos desnecessários que só complicavam e cansavam mais. Lá está: fazer mais pode significar fazer menos. E fazer menos pode significar não chegarmos aos estados de exaustão extremos, que dão vontade de chorar.

 

Estas foram as 4 coisas que ela começou a fazer menos:

1. Preocupar-se menos. Preocupamo-nos porque não conseguimos ter filhos, preocupamo-nos porque ficamos grávidas e queremos que corra tudo bem. Eles vêm ao mundo e estamos sempre preocupadas com eles. Nunca vamos deixar de nos preocupar. Mas se a dose puder diminuir um pouco e pudermos relaxar, perfeito. Vamos tentar.

 

2. Estar sempre a correr. Estar sempre com pressa de um lado para o outro significa não passar tempo de qualidade com quem quer que seja. A Denaye Barahona diz que reduziu os compromissos das agendas tanto dela, como dos miúdos, e que os pôs a cooperar nas tarefas do dia-a-dia. O stress dela diminuiu e o dos miúdos também. O ambiente é melhor para todos. Eles crescem calmos e serenos.

 

3. Comprar menos. Armários cheios de roupa ou de brinquedos em que ninguém toca não fazem falta. O ideal será limpar o espaço, praticar um consumo consciente, manter o orçamento familiar na linha e a casa arrumada.

“Quando os meus filhos não têm o que os amigos têm, vão aprender a ultrapassar a inveja e não a tornarem-se vitimas dela”

 

4. Ser mediadora. Muitos filhos pode significar discussões. É normal. São miúdos. O papel dos pais não tem de ser de mediador. Não temos de interferir em todas as guerras deles.  Vamos encostar-nos e ver como é que eles lidam com elas. Nós descansamos. Eles crescem.

Tudo isto parece perfeito, mas sei bem o quão difícil é. Mas pode ser um princípio – bom para nós e para eles.

 

Vamos experimentar fazer menos?

6 comentários em “o direito que temos de fazer menos”

  1. Então? Não eram só 4? escapou-te uma quinta coisinha que andas a fazer menos…que por acaso até é a que eu acho que os pais deviam assimilar mais. Realmente com isso descansamos nós, e crescem eles. Nunca melhor dito. Adorei esses 5 principios. Um beijinho desde Tierras Españolas

  2. Estou a praticar o desapego desde que aderiu ao grupo Vidas quase Perfeitas no facebook, e esta me a fazer tao bem, acredita 🙂 Somos um pequeno grupo de mulheres bloggers, artesãs, mães que dão forças e animo umas as outras 🙂 No momento em que estava quase a desistir do facebook, este grupo apareceu 🙂 e sim, chorar faz bem digo eu que sou uma pita chorona desde miúda mas alivia-me, da-me forças para seguir em frente 🙂
    Bjinhosss
    https://matildeferreira.co.uk/

  3. Todos temos fases de maior cansaço, isso é normal. Mas como fala abertamente sobre o assunto e estamos na semana do tema da anemia, também era interessante alertar para esse facto. Por vezes além da correria do dia a dia também podemos ter desajustes bioquímicos que nos façam sentir mais cansadas como anemia, carência em magnésio ou complexo b. É uma outra prespectiva sobre o assunto.

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