É uma questão de talento e não de género

Em teoria poderia responder que não mas na prática (e falo apenas com um mês de experiência) digo-vos que sim. Sou contra o proteccionismo feminino, aquela forma de pensar em que os homens são culpados de todos os males do mundo, todos iguais e todos contra as mulheres. Sem fundamentalismos – sem emoção e restringindo-me aos factos – reconheço que é ser mulher tem dificuldades acrescidas. E eu, mulher, como mãe de uma menina, dou por mim a pensar de que forma como ajudar a minha filha para que saiba que pode ser tudo aquilo que quiser.

Esta manhã li um estudo feito pela Activia, em parceria com a Marktest e a Oficina da Psicologia: como se sentem as mulheres portuguesas em relação ao seu próprio talento? Acreditam no seu potencial? É assustador pensar que apenas duas em cada dez mulheres sentem que o seu talento é reconhecido apesar de oito em dez sentirem que existe esse potencial.

Volto a pensar, como mãe de uma futura mulher: O que precisam para o alcançar? O que as impede de melhorar? Entre os obstáculos de desenvolvimento do talento entre as mulheres, destaca-se a discriminação e os preconceitos implementados culturalmente na sociedade, em relação às mulheres (69,4%), o menor número de oportunidades (58,5%) e os critérios de sucesso maioritariamente masculinos (56,2%).

Mas o estudo também diz aquilo em que acredito, e que me dá alguma tranquilidade: para as mulheres estarem bem consigo mesmas e terem uma forte auto estima é a maior ferramenta que têm para alcançarem os seus objetivos. O que posso fazer para que a minha filha nunca duvide de tudo aquilo que é capaz (e não dividem que penso exactamente no mesmo para os meus filhos rapazes)? Como mãe e mulher, ser um exemplo e mostra-lhe outros tantas mulheres que acreditaram no seu talento.

Ensinar-lhe(s) que igualdade nunca existirá porque homens e mulheres são diferentes mas igualdade nos direitos é fundamental. Ensinar-lhe e mostrar-lhe que tem força para todos os seus sonhos. É uma questão de talento e não de género.

Crónica Dinheiro Vivo

 

2 comentários em “É uma questão de talento e não de género”

  1. Os estereótipos de género começam desde a nascença. As meninas são princesas e os rapazes super heróis. As bonecas, cozinhas etc, são para as meninas, os carros, bicicletas e tudo o que envolva ação são para rapazes. As raparigas são criadas na ilusão que necessita do seu príncipe e herói para as salvar do castelo.
    Apesar de algumas alterações nas histórias infantis e filmes, onde as raparigas já assumem o papel de guerreiras e heroínas, as princesas continuam a vencer.

  2. Pingback: É uma questão de talento e não de género - Baby Blogs Portugal

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