Acaba o mês de Agosto, aproxima-se Setembro, e o tema é o maior lugar comum da época mas é inevitável: vou escrever-vos sobre o regresso às aulas, ou seja, sobre o apelo consumista do material escolar e sobre a tentativa (necessária ainda que difícil) de poupança no regresso às aulas.
Importante referir que faço parte ido grupo de pessoas que fica encantada com tudo o que sejam canetas, cadernos, post-its e restantes artigos de papelaria. Enquanto andava na escola era conhecida pelos meus apontamentos organizadas e imaculados e pela minha agenda irrepreensivelmente escrita com canetas de todas as cores. Hoje em dia sou um bocadinho mais caótica mas não prescindo da agenda nem das canetas coloridas (podia ir mais longe e explicar-vos que só escrevo com canetas de determinadas espessuras mas depois corria o risco de parecer ligeiramente paranóica).
Apesar do meu fascínio pelo mundo dos consumíveis ser enorme, o meu orçamento no final de Agosto é minúsculo. A conjugação destes dois factos obriga-me a alguns princípios. Ficam as dicas de poupança no regresso às aulas .
- As malas da escola devem durar pelo menos quatro anos. Não ceder a desejos estranho que impliquem modas passageiras e optar por uma mochila neutra e resistente. Isto serve para o estojo também.
- Nem sempre o material escolar mais barato significa poupança. O exemplo disso são alguns lápis que, pelas vezes que partem o bico e são afiadas, implicam que se compre o dobro ou o triplo, ou as borrachas que borram em vez de apagar. Como diria o meu pai: em equipa que ganha não se mexe”. Fui observando o meu filho mais velho e hoje sei exactamente quais são as canetas com que ele não borra e os lábios que duram mais (lapiseiras, por exemplo, é para esquecer, porque ele não se orienta com a minas).
- Se encontro, durante o resto do ano, uma boa promoção de material que preciso mesmo, compro. Na verdade Setembro é a pior altura para fazer compras desta área porque o excesso de oferta dificulta a comparação de preços e aumenta as tentações consumistas.
- Assumido que é importante viver um momento de compras para marcar o regresso às aulas acho importante fazer uma lista com aquilo que é absolutamente necessário.
- Antes de elaborar esta lista é fundamental perceber o que já existe em casa. Eu, por imitação do meu pai, tenho um armário onde guardo tudo o que seja material de papelaria – é o nosso economato particular (e para mim uma espécie de tesouro). Nesse armário guardo também o resto dos cadernos do ano anterior que servem como cadernos de estudo e as folhas de rascunho (aquelas que são usadas dos dois lados).
E assim tento que esta não seja a época de todos os pesadelos (já basta a questão dos livros escolares que merece outra crónica sobre poupança no regresso às aulas ). Cá em casa o único material verdadeiramente supérfluo permitido são as minhas canetas coloridas de determinada espessura porque já ganho para comprar essas coisas. São as vantagens da idade adulta.
Ontem partilhei o consumo, hoje partilho as dicas de poupança. Está equilibrado.
Eu tenho 41 anos, sou bióloga, trabalho numa multinacional, num cargo internacional. E uso cadernos, agendas, canetas coloridas, lapiseiras com minas de varias cores, estojos da bonequinha que não tem boca (sou apaixonada)…Quando estou em reuniões internacionais, toda a gente sabe qual é o meu lugar na mesa, mesmo que eu não esteja lá sentada…Não tenho vergonha nenhuma dos meus cadernos e apontamentos, da minha agenda colorida, com uma flor gigante, das minhas notas em letra impecável…Na escola delirava com esta época (para além de ser uma aluna marrona, com nota máxima a tudo. Super irritante) e ainda hoje tenho que me morder para não comprar tudo e mais alguma coisa para o meu filho (que é rapaz e não é nem de longe, nem de perto como eu…).
Por tudo isto, sim, eu compreendo-a.
🙂
Adorei a crónica. Muito útil. Também eu sou louca por tudo o que seja material desta natureza, canetas, cadernos, lápis o que for. Ainda não tenho a organização necessária para ter um espaço “como deve de ser” em casa, mas com o crescimento do meu pequeno sei que vai ter de acontecer.
(as canetas coloridas são uma necessidade, ou essas ou uma daquelas grossas com todas as cores…)
http://embuscadafelicidade.blogs.sapo.pt/
Revi-me no seu texto mas na pele da minha filha de 15 anos. Logo em Julho começa o stress do ano escolar seguinte: o que comprar e como o acomodar. Posso dizer que dentro da mochila andam sempre 3 estojos: um para o essencial, outro para as canetas de sublinhar, tomar notas e outras (de diversas espessuras), agendas nunca está contente (só para o próximo ano já vamos na segunda porque a primeira não tinha espaço suficiente nos dias para escrever tudo), os cadernos tem de ser escolhidos com muito cuidado, e as cores dos cadernos ligados às disciplinas nem se fala o tempo de escolha. Enfim, para todas estas vontades serem feitas, a mochila vai ser a do ano passado, apesar de ter havido um choradinho. Os irmãos mais velhos (já na faculdade) não ligam a nada disso e ela é um verdadeiro stress emocional e financeiro quando se aproxima a escola. Posso só dizer que os primeiros capítulos dos livros já está resumido… para adiantar serviço! Beijinhos e uma hora pequenina. A minha filha também foi a terceira e chegou 3 semanas antes em pleno Julho quente.
Acabei de ver no Instagram…..
Bem vinda Maria Luiza !!!!
As maiores felicidades,saúde e …. o melhor que a vida vos possa dar !
Bebé querida,o mundo ficou um bocadinho mais doce agora que chegaste.
E Catarina….um enorme abracinho desta mãe,
. margarida .
( estou a vivenciar o meu hit de há 9 anos e….
não consigo dizer mais nada )