a morte e a pergunta inevitável.
– para onde é que as pessoas vão quando morrem?
(a inevitabilidade da pergunta não me deixa mais preparada. penso um segundos…)
– vão para a lua?
– não… (gaguejo) não vão para lado nenhum.
– flutuam?
– isso!
(lá fora chovia. e eu tenho esperança que a conversa tenha terminado.)
– isso não!!!! (horror!) vão começar a cair pessoa mortas?
A morte faz parte da vida e não há outra forma senão encará-la de frente.
Agora imagine, Catarina, se tivesse de dizer a um dos seus filhos que o pai morreu?
Já me aconteceu. E sobrevive-se a tudo. Não há dor que não se cure com muito amor.
Curioso é que o luto da minha filha de 8 anos é não falar, não perguntar, não procurar saber mais nada.
Parece que é normal. O silêncio costuma ser o melhor caminho para o esquecimento da dor.
Desculpe o desabafo, mas o tema toca-me bastante.
Um beijinho e felicidades