“somos aquilo que comemos.”

Ando indecisa sobre qual das teorias da conspiração escolher.

Acredito que a indústria farmacêutica nos quer a todos doentes e lança estudos para que continuemos a comer carne, ou acredito que a indústria dos substitutos da carne nos quer fazer crer que a proteína animal mata?

Acho que a indústria da soja tem teorias fabricadas que comprovam os malefícios do leite de vaca, ou acho que a indústria dos laticínios terá sempre médicos pagos para defender que nada faz tão bem como o leite?

O peixe tem demasiado mercúrio, mas o seitan é processado. Os legumes e as frutas estão cheias de pesticidas, mas a certificação de “biológico” pode não corresponder a um alimento de maior qualidade.

A dieta Paleo tem demasiada proteína, a dieta Raw demasiados hidratos e os super alimentos são demasiado caros e se calhar não fazem exactamente o bem que proclamam.

Eu, que acredito nos malefícios do açúcar (e dos adoçantes ainda mais) já encontrei textos que mostram que o “ouro doce” tem propriedades necessárias para um corpo saudável.

Somos aquilo que comemos, disso não tenho dúvida nenhuma. Somos também aquilo que trazemos na nossa carga genética, o ambiente em que vivemos, o tipo de emprego que temos e a actividade física que escolhemos fazer (ou não).

Em relação à alimentação podemos escolher entre maltratar o corpo ou curá-lo, através dos alimentos. Comprovei-o quando, há dois anos perdi mais de quinze quilos, mudando radicalmente aquilo que comia. Troquei os alimentos processados e cheios de açúcar por uma alimentação mais natural, mais nutritiva e, principalmente, mais consciente.

Existirá uma parte de verdade em todas as teorias da conspiração. É isso que devemos retirar das notícias e estudos que lemos: a necessidade de estarmos conscientes do que comemos, sabermos ler rótulos e percebermos de onde vêm os alimentos. Depois, acredito, é uma questão de equilíbrio e variedade.

Como me dizia uma amiga: há veneno em tudo o que comemos, então diversifiquemos os venenos.

9 comentários em ““somos aquilo que comemos.””

  1. Estou cansada deste Mundo em que nunca sabemos quem está a mentir ou em quem acreditar.Em que tudo o que importa é o dinheiro e o poder.Em que para uns terem muito se permite que outros não tenham nada.Em que é mais importante vender o que faz mal e encobrir,do que manter um Mundo saudável.
    Sinto-me realmente desconectada e preocupo-me com o Mundo em que a minha filha vai viver.
    Felicidade,para mim,é ter uns avós que nos seus 83 anos têm saúde para trabalhar no campo e enviarem-me a seu amor,colhido por eles com todo o carinho.Felicidade é comer fruta com sabor a fruta.Frango com a textura de frango e frutos secos que não estão ressequidos.Broa de Milho acabada de fazer e chouriço que sei o que contém.
    Infelicidade é saber que eles não ficam cá para sempre.

    Beijinhos Catarina,que com a tua simplicidade conquistaste um lugar na vida de tantos nós.

  2. Pingback: Quando deixei de comer açúcar de forma radical - dias de uma princesa

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