acho que, quando acordei, estive uns minutos a inventar desculpas para não sair de casa. teria a justificação perfeita, era um dia péssimo, mas sabia que precisava de viver aquele momento com as pessoas de quem gosto. levantei-me, calcei uns ténis – não os meus ténis de correr para não aumentar a frustação, fui comprar o lanche que tinha prometido e conduzi até perto da meta. percebi hoje que muitas das dores que sinto nos joelhos estão na cabeça. percebi hoje enquanto esperava ao km 39 [20] e a ansiedade era cada vez maior. foi muito bom apoiar quem passava [um beijo enorme às pessoas quem me lêem e me disseram olá e me agradeceram o facto de estar ali]. foi bom encontrar caras conhecidas e desejar boa sorte. corri até à meta, duas vezes, com as mesmas pessoas que nunca me deixaram sozinha nas corridas que fiz. o joelho não doeu. doeu-me um bocadinho o coração e as costas [com o chocalhar do doce de abóbora e do requeijão que me tinham sido encomendados]. apeteceu-me chorar. não pelo que não corri – voltarei a correr, a seu tempo, com calma. apeteceu-me chorar porque a amizade faz-nos partilhar sonhos e vitórias de forma indiscritível. porque os amigos que fiz a correr, são amigos para vida mesmo que não corra. apeteceu-me chorar porque a vida nem sempre é aquilo que sonhamos mas é demasiado boa para perdermos tempo a não ser felizes. porque hoje corri maratonas e meias maratonas sem ter corrido coisa nenhuma.
😀
Este é um post muito bonito.
Sofrido mas bonito.
Patrícia
"…porque a vida nem sempre é aquilo que sonhamos mas é demasiado boa para perdermos tempo a não ser felizes…" wwiiindoooo 😉 e tão verdade
ainda hoje voltei a rolar com amigos que participaram na meia e outros que não, pessoas tb elas excelentes que a corrida trouxe até mim… há quase dois anos que me juntei a eles e que sou muito mais feliz!!
Eu fui uma das pessoas que passou pela Catarina. Passei e pensei para mim “Olha que ela é!” e continuei na minha passada. Mais à frente pensei que nem tão cedo a voltaria a ver mas que gostaria de lhe dizer qualquer coisa. Assim o fiz. Voltei atrás e disse-lhe: “voltei atrás (arfar)só para lhe dizer (arfar) que a leio todos os dias!”. Em troca recebi um sorriso gigante e um aperto num braço suado e cansado, desejoso de passar a meta da (minha primeira) meia maratona e um voto de “Força, força que eu não posso, o meu joelho não deixa”.
E lá continuei eu, mais 3 km, na minha passada, com um sorriso renovado!
Obrigada pela força Catarina, soube-me tããããão bem 🙂
Eu fui uma das pessoas que passou pela Catarina. Passei e pensei para mim “Olha que ela é!” e continuei na minha passada. Mais à frente pensei que nem tão cedo a voltaria a ver mas que gostaria de lhe dizer qualquer coisa. Assim o fiz. Voltei atrás e disse-lhe: “voltei atrás (arfar)só para lhe dizer (arfar) que a leio todos os dias!”. Em troca recebi um sorriso gigante e um aperto num braço suado e cansado, desejoso de passar a meta da (minha primeira) meia maratona e um voto de “Força, força que eu não posso, o meu joelho não deixa”.
E lá continuei eu, mais 3 km, na minha passada, com um sorriso renovado!
Obrigada pela força Catarina, soube-me tããããão bem 🙂