[sempre, sempre, sempre histórias de amor]

esta manhã cruzei-me com um post antigo. já vos confidenciei que gosto de andar perdida nos arquivos deste blog, assim numa espécie de terapia-relativização. escolho sempre o mesmo mês. esta manhã saltitei pelos outubros destes 9 anos. tive muitas saudades do Porto. e tive muitas saudades de um coração sem calos.

Sentada nas escadas da Alfândega percebi quem disse nunca voltes ao lugar onde foste feliz. As cidades da minha vida recebem-me sempre com uma luz que as torna ainda mais belas. Como mulheres bonitas no seu melhor vestido. Sentada nas escadas da Alfândega conversei com a minha geografia sentimental e expliquei-lhe que não posso estar zangada com as ruas que me trazem o perfume do vinho tinto. Frutos silvestres, madeira e um leve aroma a chocolate de leite. Sentada nas escadas da Alfândega fiz as pazes com a profissão e pedi-lhe desculpas pelas vezes em que, injustamente, a culpo da minha angústia. Enroscada em lã, com o frio da ressaca, fechei os olhos. Bonita e doce. Murmurei-te que repetisses até acreditar. Sentada nas escadas da Alfândega pedi para voltar a acreditar em histórias-de-amor com banda.

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