[tanto mas tanto sono…]

eu tenho um lado um bocado paranóico [vários lados]. e luto bastante contra eles para que não tomem conta da minha vida. as minhas ansiedades apareceram exactamente quando a minha capacidade de arrumação e organização desapareceram: quando o meu filho mais velho nasceu. antes disso a minha única ansiedade era encontrar o sentido da vida, questão que ficou resolvida quando fui mãe e nunca mais tive tempo para pensar nisso. uma das minhas maiores ansiedades são as doenças dos miúdos: fico completamente desorientada e, para o bom e para o mal, sinto-as bastante antes de aparecerem. a febre do meu filho mais velho desapareceu na noite passada, exactamente quando senti que a febre havia de aparecer no meu bebé. passei o dia a beijar-lhe a testa e sentir-lhe as mãos. está quieta, estás a ser paranóica. a febre do meu filho mais velho sente-se nas pernas. a febre do meu filho mais novo sente-se nos pés. já com ele deitado e pés a ferver fui buscar o termómetro. voltei para trás. está quieta, estás a ser paranóica. mas lá estava ela.

[agradecer por serem apenas as coisas normais dos miúdos. e vociferar contra todos estes dias de clausura e medicamentos.]

3 comentários em “[tanto mas tanto sono…]”

  1. Coisas inexplicáveis, mãe tem com cada sexto sentido. Em geral dizem que são as mulheres, mas acredito que uma mãe em relação ás suas crias rebenta a escala!
    As melhoras!

  2. Eu também pressinto as coisas, prevejo o que vem por pequenas nuances…o coração aperta-se logo e mais horas, menos horas, lá estão elas. Compreendo-te muito bem.
    As melhoras!
    Beijinhos!

  3. ainda bem que não sou a única 🙂
    de vez em quando, pareço que enlouqueço com medos aparentemente ridiculos: outros carros na estrada, ataques cardíacos na minha pessoa se for a unica a estar com eles e o que acontece?, Doenças – essas não há explicação – e até tsunamis.
    Vem a onda e o que faço?
    Como vou buscá-los?

    e agora estou novamente grávida, penso – estará bem? vai nascer a ver, a ouvir, a compreender?

    enfim..
    Compreendo-a mesmo muito bem!

Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *