“Pés bem assentes… no ar”

Eu acredito que as fases de lamento resultam da incoerência entre a forma como agimos e aquilo que somos. Acordamos, olhamos para o espelho e não nos reconhecemos.
Digo isto depois de um pneu furado às quatro da manhã, onze horas de trabalho non stop num domingo com sol, acordar atrasada com um carro que não passa de hoje sem ter que ficar internado na oficina. E um sorriso permante.
Os dias em que tudo é fácil, os dias em que levo o G. à escola e penso na sorte que tenho em ser mãe daquele menino lindo e lembro-me da sorte que tenho em ter uma família em forma de conceito alargado cheia de amigos-para-a-vida. Nos dias em que reconheço a menina feliz e mimada e a adolescente cheia de sonhos [com duas ou três borbulhas a caminhos dos trinta] percebo que não há nenhuma razão para me lamentar.

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