Antes de ir para um almoço cheio de salamaleques, formalidade e muito provavelmente gente chata, a minha estrela bipolar mandou-me ler a P2 [Público]. Percebi porque não me explicou qual era a peça. Ela conhece as minhas capacidades para encontrar o amor. Sorri.
O filósofo e jornalista André Gorz e a sua mulher Dorine suicidaram-se. Juntos. Ele tinha 84 anos, ela 83. No seu último livro – Lettre à D. – Histoire d’un amour – André assumiu: “Nenhum de nós gostaria de sobreviver à morte do outro. Se tívessemos uma segunda vida gostaríamos de a passar juntos.”
Eu ainda acredito em história de amor únicas. Literárias. Acredito na vida partilhada com sorrisos e colo. Preciso de guardar todas as ilusões. Para me aconchegarem as noites em que não consigo dormir. Tenho o sono a magoar-me os olhos. Andos às voltas com os existencialismos.
Lady, acabei de escrever com letras mais toscas, algo muito parecido com que li aqui. Tive um calafrio, mas encontrei algum conforto. A tristeza é também uma forma de beleza.
Sabes Lady eu sempre pensei que amar era olhar para alguem e pensar eu quero envelhecer ao lado desta pessoa, ultrapassar a beleza fisica e viver uma união de facto, uma união de vidas, almas, coraçãoes e corpos também (mas sem estes terem de ser jovens e bonitos).
Também acredito em histórias de amor únicas. Em vidas partilhadas.
Em pessoas com vontade de estarem unidas para sempre.
Eles não quiseram que os sempres de um e de outro estivessem sujeitos ao acaso.
Viveram juntos e quiseram morrer juntos.
Sou uma romântica incurável mas acho lindo!
Também como tu sou uma princesa.
seremos sempre princesas enquanto Alguém nos considerar princesas.
Tenho um alguem assim e acho que tenho muita sorte mais do que se tivesse um reinado.
Até breve lady