São Martinho

O meu pai gostava de castanhas cozinhas com erva doce. Reconheço o cheiro. Reconheço a panela e a faca com que lhes dava um golpe profundo. Reconheço o pano com que as tapava. Todos os dias, entre Novembro e Dezembro, esperavam pelo fim do jantar. Descascava-mas [como as romãs].

Não me lembro do São Martinho depois de perder o meu pai.
Lembro-me do chá de erva doce quando me doía o coração. Faz bem a tudo, Anita.

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