O Mimo é aquela coisa pequenina que nos faz sentir suficientemente grandes para enfrentar as mesquinhas mediocridades do dia-a-dia. O Mimo é o Carinho inocente, destituído de conotações sexuais, livre de complicações e pronto a servir a quem precisa. (…)
O Mimo, ao contrário do Carinho ou da Ternura, nada resolve. Mas relativiza todos os problemas que precisam – ou deixam de precisar – de uma solução. É a doçura fingida com que se finge e e consegue consolar as agruras mais agrestes deste mundo. (…)
Só uma pessoa feliz é capaz de dar e receber Mimo em grandes quantidades. (…)
As pessoas desiludidas não querem o Mimo para nada – querem é melhorias, precisam de obras e aguardam ansiosamente uma milagrosa ressuscitação. (…)
O Mimo é o repouso da guerreira ou o do guerreiro, desfazendo-se em desvelos entre duas boas batalhas.(…) O Mimo é um câmbio de extremos e de branduras entre dois actores que se sentem tão seguros com os seus papéis que os podem trocar sem fazer confusões. A teatralidade do Mimo é uma consciência deliciosa.
Miguel Esteves Cardoso – A causa das coisas. (pag. 181-83)
Eu preciso de mimo.
Se eu pudesse dava-te muito mimo…Queres?! Podemos nos dar mimos uma a outra, quando quiseres!
A.
Pois eu pertenço á categoria dos desiludidos, mas apesar disso, guardei em mim muitos beijinhos e miminos para quem precisa…
onde mando entregar?
beijos, muitos
Eu dou-te muitos miminhos…queres?