Dói.

O G. não quer ir para a escola.
Choraminga. Pede-me. Implora-me.
– Vai trabalhar. Eu fico aqui sozinho.
Quero arrumá-lo num bolso e trazê-lo comigo.
Quero ficar no sofá. Dar-lhe abraços e beijos.
Quero cantar com ele. Ficar horas a ver-lhe o sorriso.
Quero protege-lo de todas as lágrimas. De todas as angústias.
Mas também quero um adulto confiante. Capaz de ultrapassar as suas frustações.
Também quero que tenha orgulho na mãe que tem.
E porque preciso da mulher que sou [para além dele] para ser feliz.

Hoje deixei-o com os olhos tristes.
Saí com vontade de chorar. Uma dor imensa.
O amor que sinto por ele não cabe cá dentro.
Ser mãe [às vezes] dói.

4 comentários em “Dói.”

  1. Bem, de facto vir para este blog falar de política é um verdadeiro desperdício. Comentar e contra-comentar… Com estes bocadinhos de céu que tu nos vais permitindo ver, é claro que é perder tempo falar de política. Bjs do colega.

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