a revista Visão traz esta semana uma reportagem – Mães despem-se para ostentar as suas marcas da maternidade. eu gosto de ver fotografias cruas e honestas de mães com os seus filhos [obviamente as minhas preferidas serão sempre estas do fotógrafo Tiago Figueiredo]. são mulheres reais, verdade. mas também são reais as mulheres que ficam ainda mais marcadas do que aquilo que vemos nestas fotos e as mulheres que ficam iguais ao que eram antes de estar grávidas pouco tempo depois de parirem.
é impressionante, quase um milagre, fenómeno em que não acredito, esta capacidade que um corpo tem de carregar outra vida e de a alimentar. é brutal – no bom e no mau sentido, no comovente e no avassalador – como o corpo pode mudar. porque mesmo que não mude por fora, muda por dentro.
eu gostava, gostava mesmo, que as mulheres aceitassem e mimassem as outras mulheres. o corpo é tão bonito quanto a forma como o olhamos mas também na forma como sabemos ser olhadas. pronto, pode ser das hormonas, pode ser assim um bocadinho discurso de candidata a Miss Universo, mas é exactamente aquilo que sinto: aceitemos as mulheres que somos e as mulheres à nossa volta. com defeitos e perfeições.
Adorei o texto e concordo a 100 % com a tua opinião.
Ironicamente, ontem vi a revista à venda…lado a lado com outra, em que na capa se apresentava uma mulher, no seu corpo ‘perfeito’ (o que quer que isso seja…), após duas gravidezes…
Ana T.
Um bocadinho incongruente de sua parte, não? Tendo em conta a sua paranóia com o corpo e com o peso.
Daniela,
com todo o respeito, tenho uma relação nem sempre saudável com comida, sim. Não tenho qualquer paranóia com o corpo e o peso.
Catarina,
Sigo-a , porque gosto da sua visão pragmática da vida , mas a relação que tem com o corpo não parece nada bem resolvida, é uma mulher bonita com ou sem peso a mais !
Um beijinho,
Ana
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