sinto-me fisicamente bem, quase sempre. a ciática deu tréguas. tenho a força de sempre apesar das pernas não gostarem do meu novo peso. o “quase sempre” vai para as crises horríveis de intestinos [a imagem não é bonita mas foquem-se apenas nas cólicas]. a culpa das crises de intestinos é minha [quando como demasiados disparates, gravidez essa desculpa perita…] por isso vou tentando cumprir a alimentação com que me sinto melhor.
continuo a treinar, menos vezes do que queria, porque organizo mal os meus dias [o caos de quem trabalha em casa] e não porque estou grávida. tenho caminhado menos do que queria mas isso é responsabilidade total deste tempo. anseio por caminhadas na praia e mergulhos no mar.
engordei o normal [cerca de 6 quilos]. há dias em que me sinto maravilhosa, noutros detesto sentir-me grande e suspiro a ver fotografias “não grávida”. uma amiga [e médica] dizia-me: não te esqueças de acumular gordura é o processo normal para preparar o corpo para a amamentação. verdade, sei a teoria toda mas esqueço-me.
entrei naquela fase em que me esqueço que estou grávida. estou serena, os dias acontecem ao mesmo ritmo de sempre, e ainda sou a única que sinto a agitação cá dentro. as noites são más mas, como sempre dormi mal, não estranho.
os miúdos falam da irmã de forma normal. o A. diz a todas as pessoas que a irmã já tem nome. o G. diz-me todos os dias que estou muito bonita grávida.
quando eu era miúda ouvi muitas vezes, no vinil com a história da Cinderela, que não devíamos contar os nossos sonhos porque depois não se realizavam. acho que interiorizei isso para os sonhos e para as coisas demasiados boas que me acontecem: guardo-as com medo que me fujam. mas assim, em poucas palavras, para fingir que nem disse nada, digo que vivo com o Pedro aquilo que pensei que não existia [para mim]. não é sempre fácil, não é sempre romântico, não é sempre um sonho, é a vida de todos os dias com uma certeza imensa. é assim o melhor de estar apaixonada com o melhor de alguém que sentimos família-para-sempre.
a minha fotografia é da maravilhosa Marta Dreamaker e foi tirada no My Ribeira Guest House, no Porto.
“quando eu era miúda ouvi muitas vezes, no vinil com a história da Branca de Neve, que não devíamos contar os nossos sonhos porque depois não se realizavam. acho que interiorizei isso para os sonhos e para as coisas demasiados boas”
Onde ouviste isso Catarina??? Onde?????? Agora toda a minha filosofia faz sentido. Eu digo essa frase tantas (mas mesmo tantassss!) vezes para mim. Digo os meus sonhos, baixinho, só para mim e tenho medo que os outros o descubram porque depois as coisas não se realizam. Qd alguma coisa boa está para acontecer eu não grito bem alto, eu não corro a contar… Eu espero que ela se realize. Porque se eu contar não vai acontecer (penso eu!). Não sei de onde tirei esta ideia mas pelos vistos deve ter sido de alguma história/cassete VHS… Só pode. Agora sim faz tudo sentido.
Beijinho grande
eu tinha mesmo o vinil [em brasileiro], vou pesquisar no youtube.
Cinderella 😉 vou por um vídeo para si.
Gosto muito de si, Catarina 🙂 E adoro o nome da sua menina, uma óptima continuação de gravidez!
Oh, tão bonito!
Parabéns!
Beijinho,
Ana
Que partilha maravilhosa! Desejosa de conhecer a tua (vossa) princesa.
Penso da mesma maneira em relação aos sonhos e às coisas boas e confirma-se a quando da concretização.
#aspalavrastemforca, ditas em que tom for.
Beijo enorme.
Carolina Melo
Boa tarde Catarina,
Provavelmente já conhece, mas também não se perde nada em partilhar
https://www.youtube.com/watch?v=3Hkzyc9UOwM
Tenha um feliz dia 🙂
Pingback: culpemos as hormonas III - dias de uma princesa
Que partilha tão maravilhosa! O teu blog é lindo!
Um dia também quero ser mãe!
Passa pelo meu blog e espreita o novo post*
http://www.a-be-atriz.com
xx, A Be-atriz