a propósito da declaração de amor [misturada com comida], surgiu a pergunta: casar faz diferença? a resposta é imediata: sim! porquê?
para mim [e reforço “para mim”] casar representou o assumir de um compromisso. fui solteira até aos 37 anos e senti que, se agora era diferente, fazia sentido afirmar isso de forma diferente.
mentiria se dissesse que nunca imaginei casar, claro que pensei. mas nunca desejei uma festa ou um vestido de noiva. e tenho uma assumida dificuldade com festas “obrigatórias”. casei exactamente como teria desejado casar. para mim, com esta minha detestável mania que faço tudo sozinha e não preciso de ninguém [e aos 37 anos já tinha percebido como isso pode ser desagradável numa relação], casar [e casar com o Pedro especificamente] fez-me baixar a guarda. na verdade o que está em causa não é o casamento em si mas o ter feito as coisas de maneira diferente. como se costuma dizer: se repetes o erro não podes estar à espera que o resultado seja diferente.
terei que repetir: aos 37 anos já tinha consciência dos meus defeitos e dos meus erros. ao longo da minha vida cruzei-me com pessoas muito especiais, as coisas não resultaram, não eram “a minha pessoa”. mas quando os cenários se repetem com pessoas diferentes temos que ter a capacidade de perceber que o elemento comum somos nós. aos 37 anos eu sabia onde tinha errado mas também sabia que não tinha encontrado “a minha pessoa”. não sou dessas que acreditam que há uma “alma gémea” no amor mas acredito que há “tampas para cada panela”, pessoas com que as coisas funcionam, amores tolerantes.
também acredito, assumo, que a idade nos dá uma visão muito pragmática sobre as coisas. aos 37 anos eu já tinha aceite que as crises de pânico que sentia muitas vezes e a vontade de fugir eram para ser respeitadas, já sabia as coisas em que podia ceder e aquelas de que nunca poderia prescindir. pronto, se calhar casar não fez diferença nenhuma e foi apenas uma forma de assinalar que desta vez era diferente.
O importante é que para si (para os dois) fez toda a diferença! Votos sinceros de felicidade!
Catarina, também acho que casar marca a diferença no compromisso que se assume. Mas admito que essa seja a minha opinião, e que não invalida todas as outras opiniões e sentimentos igualmente válidos sobre o assunto.
Beijinho
Sinto-me em cada linha tua!
Parabéns catarina e muitas felicidades ????????❤️
A resposta está nas primeiras linhas.
Penso da mesma forma.
Mas se é para fazer diferente, que assim seja.
Que continuem assim felizes!
Texto Maravilhoso!
beijinho grande,
Carolina Melo
Casar ou não não sei se faz diferença, mas viver junto faz.
Estou a namorar à 8 anos e o ano passado fomos viver juntos, muita coisa mudou, creio que para melhor 🙂
Desejo-te felicidades.
Adorei o blog.
Beijinhos
http://www.beatrizcouto.com
Concordo a 200%! Antes de casar já vivia junto (e tínhamos uma filha nascida e outra a caminho), no entanto o casar, o formalizar da nossa união perante a lei e a nossa família e amigos fez diferença!
Casei em Setembro. Tanto eu como o João temos 25 anos e sinceramente estamos cansados de responder a essa pergunta… “Que diferença faz terem casado?” A sério, estamos mesmo cansados. Querer casar é tão legitimo como não querer casar, ponto. Para mim é efectivamente assim, muito simples. Não questiono (mesmo) o porque das pessoas não quererem casar e acho que as pessoas não devem questionar quem casa (ou pelo menos da forma agressiva como muitas vezes o fazem). É uma opção, uma forma e um modo de encarar o seu relacionamento. O estar em sintonia com o outro, isso sim é importante, seja para casar ou não casar.
Parabéns pelo seu casamento Catarina! <3 Sejam muito felizes.
Não a preocupa o peso que pode estar a colocar na pessoa que está consigo ao referir que é a pessoa da sua vida? Não interprete esta minha pergunta como uma critica, porque não o é, aprecio a verdade dos sentimentos e o seu amor parece bastante real.
O que me preocupava era não dizer ao homem com quem casei o que sinto por ele. Sem medo 🙂
É muito fácil desenvolver um sentimento de protecção com pessoas como a Catarina e isso por vezes adultera a verdade das relações amorosas. Achei adorável a honestidade da sua resposta.
Eu também acho que faz. Por isso pretendo fazê-lo no dia em que baptizar-mos a Baby que vem a caminho!
O Pai,
http://www.soupai.pt
Vivo com o meu marido desde 2003.
Nunca senti necessidade de casar. Sempre pensei que um papel assinado me faria sentir mais pressionada, me faria ser menos eu para com o outro.
Não penso que seja um papel assinado que me fará dedicar mais à relação que construí ou que impedirá uma separação.
Gostei dos comentários que aqui li, mas também vejo muitos casarem à minha volta, só porque sim, porque é o passo seguinte, sem grande significado ou esforço.
Já me perguntaram porque chamo “marido”, quando não sou casada.
Chamo marido porque detesto “companheiro”. “Namorado” seria a meu ver muito redutor, ao fim de 13 anos. E não posso chamá-lo de “ele”. Marido é a melhor opção, porque me considero realmente casada, casada com ele e com o compromisso da relação.
31 anos, casada há sete, mãe de dois, terceiro a caminho.
Espécie rara. Já raramente se casa com 24 e já raramente tudo o resto.
Perdoe-me vir aqui “meter o bedelho”, mas com o terceiro a caminho, a sensibilidade fica mais à flor da pele, apesar de também nunca ter navegado nas profundezas…
Passando os preliminares de “a minha opinião é só a minha e vale apenas para mim pois a boa educação e a liberdade de cada um assim o ditam”, acredito que o que faz mesmo toda a diferença é ser feliz. E para mim, casar também faz toda a diferença.
Se concordo que para cada panela há um testo, também concordo que cada conjunto de panela e respetiva tampa cumprem missões de vida diferentes e só por si terão caminhos diferentes.
Ainda bem que podemos casar, não casar, ter filhos ou não ter, escolher livremente e viver num país onde pelo menos a Lei já não dita limitações à nossa orientação sexual.
Se perguntarmos a uma casal homossexual se casar faz diferença. Acredito que sim. Faz toda a diferença.
No dia-a-dia, nos dias especiais, em momentos determinantes como doença,morte, partilhas, o tal contrato faz toda a diferença. E essa diferença resulta apenas da vontade de assumir publicamente o amor conjugal.
Quero com isto dizer o seguinte: a minha melhor amiga namorou 8 anos, viveram junto 6. Iam casar. Ele vacilou. Acabaram. Ela disse-me claramente: “se eu estiver ligada a uma máquina num hospital, não quero que seja a minha mãe a decidir o que se vai passar comigo, quero que seja ele”.
Isto fez todo o sentido para mim, tal como fazia para ela.
Outra particularidade da formalidade do casamento, e talvez aquela que para mim é a mais importante é que ninguém casa sozinho.
Se é na praia, na quinta, debaixo de água ou no céu, não interessa. O que interessa é que tem sempre de haver testemunhas.
Os “padrinhos” ou “madrinhas” tornam-se assim responsáveis por cuidar desse casamento. De forma construtiva, de forma positiva, partilhar a felicidade, as dificuldades e acompanhar nesse caminho tão especial que é a vida a dois.
Para mim, aliás para nós, só fazia sentido casar. E nem sequer vivemos juntos. Mas tão somente porque esta é a nossa história e connosco foi assim.
Cada um de nós é um ser único e irrepetível. Há lá maior riqueza no mundo que isto?
Acho óptimo este texto mas tenho pena que, hoje em dia, se tenha que pôr sempre “na minha opinião”, um politicamente correcto que parece obrigatório não se vá alguém ofender. No entanto, não percebo porque é que alguém poderá ficar ofendido…são opiniões e claro que cada um tem a sua e ainda bem! E então em assuntos ligados a valores parece que somos retrógrados por querer algo tradicional (e bonito) como o casamento! Claro que faz toda a diferença porque é o momento em que se tem tomates para dizer:”fico contigo para sempre na saúde e na doença”, e não é por qlq pessoa q diremos/faremos isso. Que bonito terem confiado! Parabéns pelo casamento! Espero que seja para sempre, que, felizmente, ao contrário do que “hoje em dia” nos querem fazer acreditar ainda é possível! Viva aos que ainda acreditam no amor para a vida toda (casados ou não)!
Como em tudo na vida, para uns é imprescindível, para outros é indiferente. Apesar de não ser bem igual aos olhos da lei, uma união de facto merece tanto respeito como um casamento. A ideia de estarmos só à experiência é errada. Assume-se um compromisso tão válido como num casamento. E há relações que acabam, tanto de um lado como do outro. Deste lado estamos juntos há 20 anos e partilhamos uma casa, filhos, cadela, responsabilidades, amor… tal como num casamento, há 10!