como as histórias de amor a sério [post dedicado]

como as histórias de amor a sério [post dedicado]

às vezes perguntam-me: alguma vez achaste que nunca mais ias encontrar alguém? alguma vez achaste eras existente demais? que a culpa de não aparecer alguém especial era tua? pensei, quase todos já dias. não pensei naqueles dias em que o cansaço acumulado era tanto que fechava os olhos quando me sentava no sofá e não pensava. não pensava nisso, não pensava em nada. nas outras noites, quando a casa ficava em silêncio, pensava que não merecia uma história de amor. ou, se calhar, ela já tinha aparecido, e eu não tinha reparado – culpa minha, outra vez. continuarei a dizer, para sempre, que não existe isso de ser exigente demais. tudo o que sentimos, os alertas, os defeitos, a vontade de fugir, o ainda-não-é-aqui-o-meu-lugar, tem uma razão para acontecer. e mesmo quando encontramos a nossa história, o lugar onde queremos ficar, refilemos quando achamos que devemos refilar, reivindiquemos o direito diário a sermos princesas e príncipes. verbalizemos aquilo que não gostamos sem medo de perder o que temos. ser gratos pelo que temos sem desistir de querer muito. eu acredito nisso. para sempre. como as histórias de amor a sério.




Tenho muito medo de deixar de acreditar na minha história de amor. Não o escondo. Mas sei que, mesmo com as minhas feridas e cicatrizes, nunca deixarei de acreditar no para-sempre. Assim como acredito que o amor é sempre feliz.
 
retirado do livro Provo-te, quantas vezes posso morrer de amor?

6 comentários em “como as histórias de amor a sério [post dedicado]”

  1. Acredito que o amor existe para sermos mais felizes, mais felizes do que somos sozinhos… acredito que o amor não nos pode roubar a calma e a alma… acredito que só vale a pena se for para valer, a dar tudo, a amar até ao tutano do osso… acredito que existe para nos fazer crescer, para nos tornar melhor, para nos carregar quando não temos forças, para nos mostrar como se faz certo, para nos acarinhar nas horas difíceis e nos fazer sorrir… para rirmos em conjunto quando a vida vai bem, quando tudo está no ponto, no gosto, na temperatura…
    Não acredito em amores que nos roubam, nos assaltam, que nos matam aos poucos… não acredito em penduras, em parasitas… não acredito em gente que não sabe Ser, mas que quer ter, ganhar, vencer… não acredito num amor não dedicado, não preocupado, ausente, à espera que passe… esses amores, que nada têm de amor, a única coisa que nos acrescentam é uma sensação de diminuição…
    acredito que pessoas que "amam" assim, não se amam, não se valorizam e a única coisa que querem é diminuir o outro à sua dimensão. assim como um homem que bate numa mulher ou uma mulher num homem, qualquer agressão, verbal, sentimental, aliada à mentira, nada tem de amor, mas sim de falta de cérebro… como compreendo quem não consegue sair, quem não tem força para bater a porta, quem não consegue ficar sozinha… já sente que vale tão pouco, como ter força para lutar por mais? sim, mereces mais, mereces por ti, pelos que te amam, pelos que lutas todos os dias… mereces porque és gente com vontades, desejos, que tem direito a ser amada em bom, aquele amor que é de verdade, onde se despe a camisola, as calças e toda a merda agarrada para os modero ir buscar onde tiverem. e sim, isso é aquilo que eu acredito… muitos me chama de irrealista porque querer um amor assim e não me bastar as migalhas que o outro está disposto a dar. se pões o avental todos os dias, amassas a massa e és capaz de fazer pães maravilhosos, nunca, nunca te contentes com migalhas…
    O amor para mim é feito de farinha, água, sal e fermento, amassado a dois, sujos a dois e comido a dois… se não for assim, não é preciso que uses avental, deixa que eu faço pão sozinha… afinal sou filha de padeiro.
    Esta é a minha resposta para ti em http://pegadasemim.blogspot.pt/2015/09/o-que-e-isso-do-amor-afinal.html

  2. mesmo sem querer as lágrimas cairam. é que é mesmo isto:

    "pensei, quase todos os dias. não pensei naqueles dias em que o cansaço acumulado era tanto que fechava os olhos quando me sentava no sofá e não pensava. não pensava nisso, não pensava em nada. nas outras noites, quando a casa ficava em silêncio, pensava que não merecia uma história de amor. ou, se calhar, ela já tinha aparecido, e eu não tinha reparado – culpa minha, outra vez. "

    um dia talvez.
    enquanto isso fico muito feliz pelo teu amor, tão terno, tão sereno, tão transparente e lindo.
    beijinho catarina e para o teu priceso

  3. O Provo-te é o meu livro preferido…aquele que tenho vontade que venha mais um e mais outro, com ou iguais ou diferentes formatos, nome, intenções…
    E o mais bonito foi ver-te encontrar o teu "para sempre" depois de escreveres um livro para nunca te esqueceres de acreditar em histórias de amor…é delicioso ver-te feliz.

    #avidaresolvesesozinha

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