[bom dia]

se ando há demasiado tempo a sonhar com um pequeno almoçoo melhor é faze-lo porque não vai aparecer por magia cá em casa. ontem, em jeito de brunch, permitiu-me aguentar o dia em consultas e coisas melhores.

o corpo dá todos os sinais que não está bem e eu insisto sempre em adiar. é assim, de dois em dois ou de três em três anos, quando as defesas vão abaixo, vão completamente abaixo. desde setembro que me sentia anormalmente cansada e com uma constipação que não passava. depois começou-me a doer a garganta e eu adiei, mais uma vez. só quando vieram as minhas febres normais [que são sempre superiores a 40 graus] é que cedi ao médico. agora foi a vez do filho grande ficar com uma amigdalite, a mesma ou outra qualquer. o meu soviético pequenino mantém-se com aquela tosse irritante mas inofensiva. durante a noite, apesar de saber que está tudo bem, o som da tosse transporta-me para os 3 anos do G., em que eu sabia que a primeira tossidela era sinónimo de horas e horas no hospital, semanas e semanas em casa. impressionante como um som me deixa o corpo em estado de alerta e brutalmente ansiosa.

entretanto, defesas em baixo e ansiedade em alta, o meu problema na cervical voltou. há dois anos foi diagnosticado um fragmento de uma vertebra partida. os médicos querem-me operar, eu não quero ser operarada à coluna. o problema está que, quando estou muito ansiosa, o nervo que passa ali fica trilhado e tenho dores horríveis num braço, ao ponto de deixa de sentir a mão [com formigueiro]. o pior, estar sentada, pior ainda, conduzir. há dois anos fui salva por uma médica russa, que me desinflamou o nervo com acunputura a laser. dois anos depois, perdi-lhe o contacto e estava a entrar em aflição. ontem descobri uma nova médica [aqui]. eu acredito no equilíbrio entre a medicina convencional, que respeito e admiro, e as terapias alternativas que vou descobrindo e tirando, para mim, aquilo que resulta comigo [exactamente como os medicamentos da farmácia, exactamente como as varias corrente de alimentação]. depois de uma hora de conversa e agullhas espetadas em quase todo o lado, sai sem dores. e fico sempre a pensar que não é possível, mesmo, a alguém que viva com dores permamentes, viver com bom humor [sim, querida R. é contigo. beijo enorme.]

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