Venho por este meio defender os restaurantes.

Venho este meio defender os restaurantes. Eu não acho caro comer no restaurante (antes de me apedrejarem peço que me leiam). Se é mais saudável ou não depende de quem faz a comida em casa.
Eu sou uma péssima cozinheira. Exceção feita às panquecas e ao peixe cozido esmagado com batata e cenoura (o truque para quem não sabe cozinhar está em esmagar e por um bocadinho de manteiga) tudo o resto não é comestível. Quando ponho a comida à frente do meu filho grande ele pergunta sempre quem fez. E só começa a comer se lhe garantir que não fui eu. É uma questão de sobrevivência. Eu entendo-o.
Aqui em casa quando o ingrediente base é caro: bife de vaca, pato ou um peixe mais especial (linguado por exemplo) vamos buscar a comida ao restaurante. Posso dizer que é a minha segunda cozinha e fica mesmo ao lado de casa. No melhor restaurante do bairro compramos meia dose por 5 ou 6 euros. Com este valor comemos os três: eu e os meus filhos. Ás vezes sobra um bocadinho do acompanhamento que guardo para almoçar no dia seguinte. As caixinhas em que trouxe a comida lavo-as e uso-as, ou usa-as o mais novo para brincar.
Contas feitas: um bife de vaca custa, no mínimo, cerca de 3 euros (300g), temos que juntar o preço dos acompanhamentos e o valor da água e luz (ou gás). No meu caso seria também necessário quantificar o facto de ser comestível.
Não fará sentido comprar fruta ou bebidas mas em termos de comida podemos poupar tanto em casa como no restaurante.
Da mesma forma que podemos gastar mais se levarmos marmita. Sem dúvida, que se poupa imenso quando almoçamos aquilo que sobrou do jantar. No entanto já questiono os avultados investimentos, em nome da poupança em lancheiras (que custam uma semana de supermercado), caixinhas especiais para acondicionar o banquete e talhares transportáveis. É que para além disso tudo há mais louça para lavar. Mas se tiverem sido tocados com o dom da culinária façam da marmita um momento de festa: “marmitar” em conjunto ou transformar as várias marmitas dos colegas de trabalho num almoço buffet partilhado.
Outra sugestão: procurem empresas que tenham cantina aberta a outras pessoas ou restaurantes baratos mas bons.
E já agora, se vierem ao Bitoque em Campo de Ourique tragam mais 1,60 euros para levarem umas farófias (chegam para dois, garanto).

4 comentários em “Venho por este meio defender os restaurantes.”

  1. Aqui em casa também se recorre à cantina (restaurante) do bairro. Dizem que até me safo na cozinha mas o problema é a falta de tempo/pachorra/criatividade para elaborar deliciosas refeições todos os dias… e, bem feitas as contas fica mais em conta.
    Farófias não há mas a tarte de leite condensado é uma tentação 😉

  2. Well, não concordo lá muito contigo. Mas se calhar os restaurantes que eu tenho à volta não são os mais baratos. 🙂 Além de que se pode perfeitamente 'marmitar' não gastanto, efectivamente, mais dinheiro: se trouxeres o almoço numa caixa normal, com os talheres de casa e a comida que há lá… 😀

  3. Pois eu sou adepta incondicional da marmita! Todos os dias levo almoço para o trabalho, não só porque é mais barato, mas também porque é bem mais saudável. Só assim consigo controlar o que como. Se optasse por comer fora ou ir buscar jantar tenho a certeza que não resistiria às batatinhas fritas, aos molhos, às massadas, às feijoadas, e outros que tais…
    De qualquer das formas esta minha opção só é possível porque adoro cozinhar e não me importo nada de me dedicar à cozinha depois de um dia inteiro de trabalho, de outra forma seria um suplício!

  4. Acho que tudo depende do que se come. No meu caso, meia dose dava só para o meu marido. Se for só para uma pessoa ou crianças, concordo q não compensa cozinhar em casa. Quanto à marmita, eu trago para o emprego numa caixa de vidro com tampa de plástico e os talheres são os de casa. Poupo imenso mensalmente.

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