Mês: Março 2010

ingenuidade[s]

G. lê uma revista-do-social perdida na casa de banho: “Filipe, do céu ao inferno”.– Mãe, porque é que o Filipe disse isto?[cá em casa tratamos o Filipe dos Ídolos por tu.]– Porque não sabe se pode levar a namorada para Londres.– O Filipe é muito exagerado!– Não filho. O jornalista que escreveu esse título é …

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A minha relação com o meu filho é perfeita. Não é perfeita aos olhos das outras pessoas todas, é perfeita para mim. Demorou sete anos a atingir a perfeição. Será uma relação inversamente proporcional aos namoros, casamentos e relações afim que entram em crise no sétimo aniverário e destroem a minha crença adolescente em paixões …

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[afinal somos tão simples como um piano]

A professora-jugoslava-da-capela-ocupada-da-Lapa contou-me que o primeiro piano ficou tão feliz com a chegada do segundo que o som tornou-se mais forte, mais melodioso. Melhor. Tornou-se um piano melhor quando curou a solidão de uma capela enorme perdida na rua mais bonita da Lapa. A professora-jugoslava-da-capela-ocupada-da-Lapa perguntou-me se o meu piano [o nosso piano] já se …

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Primavera

Hoje o G. aprendeu a encontrar o dó entre as teclas pretas e brancas do novo inquilino da rua do monóplio. Tocamos a quatro mãos. Um dia vou perguntar-lhe se tem um nota preferida. Eu tenho uma nota preferida: o fá. É o meu som. É a clave em que gosto de ler. Se fosse …

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