[ver as ondas, dar gargalhadas, ser feliz. e Março está a terminar.]
fiz trita e dois anos na proa de um navio, rodeada de mar,a dançar com o amor da minha vida enroscado no meu colo.
fiz trita e dois anos na proa de um navio, rodeada de mar,a dançar com o amor da minha vida enroscado no meu colo.
G. lê uma revista-do-social perdida na casa de banho: “Filipe, do céu ao inferno”.– Mãe, porque é que o Filipe disse isto?[cá em casa tratamos o Filipe dos Ídolos por tu.]– Porque não sabe se pode levar a namorada para Londres.– O Filipe é muito exagerado!– Não filho. O jornalista que escreveu esse título é …
a melhor coisa que me podem dar para ver é o último episódio de qualquer telenovela.
O melhor do bairro são as farófias. O bitoque. E o cozido à portuguesa ao domingo. O melhor do bairro é já me conhecerem e não ser preciso dizer quase nada. Eu gosto do silêncio demanhã. E detesto o silêncio ao final da tarde. Demorei sete a compreender as birras que o meu pedaço de …
A minha relação com o meu filho é perfeita. Não é perfeita aos olhos das outras pessoas todas, é perfeita para mim. Demorou sete anos a atingir a perfeição. Será uma relação inversamente proporcional aos namoros, casamentos e relações afim que entram em crise no sétimo aniverário e destroem a minha crença adolescente em paixões …
chamem-me foleira mas este livro e o sol de Cabo Verde mudaram alguma coisa. para melhor [quero acreditar]. queria voltar a cabo verde. e acho que devia voltar a ler este livro. e também podia ir viver uns meses para Roma. engordar mais não é preciso. [obrigada minha Estrelinha…]
A professora-jugoslava-da-capela-ocupada-da-Lapa contou-me que o primeiro piano ficou tão feliz com a chegada do segundo que o som tornou-se mais forte, mais melodioso. Melhor. Tornou-se um piano melhor quando curou a solidão de uma capela enorme perdida na rua mais bonita da Lapa. A professora-jugoslava-da-capela-ocupada-da-Lapa perguntou-me se o meu piano [o nosso piano] já se …
se as últimas 48 horas não foram perfeitas, estiveram muito perto disso.
Hoje o G. aprendeu a encontrar o dó entre as teclas pretas e brancas do novo inquilino da rua do monóplio. Tocamos a quatro mãos. Um dia vou perguntar-lhe se tem um nota preferida. Eu tenho uma nota preferida: o fá. É o meu som. É a clave em que gosto de ler. Se fosse …