Eu estive a pensar e gostava mesmo era de ter um marido rico que me desse uma casa grande com uma jardim enorme cheio de relva verde e um canteiro com ervas de cheiro. Gostava de ter uma casa de madeira para o G. brincar e uma baliza. Umas espreguiçadeiras em madeira com almofadas coloridas e uma mesa comprida. E um grelhador americano. Também queria uma empregada a tempo inteiro que fosse simpática, adorrasse limpar o pó e tivesse mãos de fada na cozinha. Podia entrar às 7h30, trazer sempre pão quente e laranjas. Queria uma casa grande mas com poucas divisões. O meu quarto [desculpem, nosso, porque isto incluí um marido rico] tem que ser ao lado do quarto do meu filho G. e dos outros filhos todos que o meu marido rico quiser ter. Vou ter uma cama king-size com um edredon branco muito fofinho. Quero um Fiat 500 para mim porque vamos ter um jipe na garagem para as viagens grandes. Acho que é tudo.
E se fossem três canteiros (um com jasmim, outro com alfazema e outro com manjericão)? E que tal duas balizas?
Hum?
Ja leste o “Segredo”? ;)*
Achei graça à passagem do pretérito perfeito indefinido para o presente do indicativo… e de repente tudo se torna real num desejo!
A ideia da empregada simpática compõe tudo. Tipo electrodoméstico multiuso, com excelente presença, 1,80m, poliglota, cintura de vespa, mãos de fada e voz melosa. Olhos cintilantes e boca adorável, que só diz coisas agradáveis, e sempre disposta a servir bem… polaca, checa ou húngara.
E esse marido rico não precisaria de a amar? A sua compensação para com ele seria dar-lhe “os filhos todos” que ele quisesse? Os maridos ricos não precisam de ser amados?
Perdoe qq coisinha deste marido pobre!
Leão, seis canteiros. Mas só ervas de cheiro.
Querido Pedro, ironia!!!! Acha que eu ando à procura de um marido? Pior, acha que escolho um marido por ser rico ou pobre.