Está tudo bem [3]

Eu estive a pensar e gostava mesmo era de ter um marido rico que me desse uma casa grande com uma jardim enorme cheio de relva verde e um canteiro com ervas de cheiro. Gostava de ter uma casa de madeira para o G. brincar e uma baliza. Umas espreguiçadeiras em madeira com almofadas coloridas e uma mesa comprida. E um grelhador americano. Também queria uma empregada a tempo inteiro que fosse simpática, adorrasse limpar o pó e tivesse mãos de fada na cozinha. Podia entrar às 7h30, trazer sempre pão quente e laranjas. Queria uma casa grande mas com poucas divisões. O meu quarto [desculpem, nosso, porque isto incluí um marido rico] tem que ser ao lado do quarto do meu filho G. e dos outros filhos todos que o meu marido rico quiser ter. Vou ter uma cama king-size com um edredon branco muito fofinho. Quero um Fiat 500 para mim porque vamos ter um jipe na garagem para as viagens grandes. Acho que é tudo.

6 comentários em “Está tudo bem [3]”

  1. A ideia da empregada simpática compõe tudo. Tipo electrodoméstico multiuso, com excelente presença, 1,80m, poliglota, cintura de vespa, mãos de fada e voz melosa. Olhos cintilantes e boca adorável, que só diz coisas agradáveis, e sempre disposta a servir bem… polaca, checa ou húngara.

  2. E esse marido rico não precisaria de a amar? A sua compensação para com ele seria dar-lhe “os filhos todos” que ele quisesse? Os maridos ricos não precisam de ser amados?

    Perdoe qq coisinha deste marido pobre!

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